Enquanto determina férias de funcionários e atletas, estes ainda pendentes de acordo salarial, o Flamengo terá que abrir conversas no contexto da pandemia do coronavírus com o técnico Jorge Jesus.
O treinador viajou para Portugal na segunda-feira e só retorna no próximo dia 21 de abril, junto ao restante do elenco. Faltará um mês para o fim de seu contrato atual.
Embora seu agente mantenha contato com a diretoria rubro-negra diariamente, o mister pediu uns dias de reclusão próximo aos familiares em Lisboa.
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De lá, o advogado dele, Bruno Macedo, acompanha os desdobramentos econômicos que o clube tenta evitar. Mas as conversas sobre a renovação do contrato do técnico ainda não se deram sob o novo panorama financeiro que se desenha. Algo ineviável na avaliação dos dois lados.
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Também não houve discussão sobre os pagamentos de Jorge Jesus e comissão nos próximos meses. O Flamengo sinalizou que honraria tudo na íntegra, e o técnico entende que deve receber normalmente até agora.
As duas partes ainda acreditam ser possível chegar a um denominador comum para Jesus e a comissão técnica portuguesa ficarem no Brasil. Nessa pauta, contudo, o clube vai passar as impressões sobre o que acha que vai acontecer nos próximos meses no Flamengo e no país.
Até agora nada disso foi tratado com o mister ou com seu representante. Foi colocado na mesa a ordem de grandeza do novo contrato por parte do agente de Jesus, e o Flamengo recuou e viu como inviável o valor – 7 milhões de euros anuais.
Outros fatores terão que ser levados em conta até em função das premiações previstas. Há apenas consenso entre clubes e CBF que deve haver férias e o calendario ir até o final do ano. Com isso, não se sabe ao certo que competições restarão na temporada.
No pano de fundo da negociação entre clubes e atletas, o argumento é que as empresas não vão resistir muito tempo com o Brasil em isolamento social. E que não é possível estimar o orçamento no Flamengo ou em qualquer lugar.
Por isso, a ideia é seguir tratando a renovação de Jorge Jesus dentro do cenário da volta da normalidade, a partir do meio do ano. E também analisar como seria manter técnico e time tão caros em caso de dificuldade no recebimento de receitas dos contratos que as empresas têm com o Flamengo.
A diretoria do clube mantém conversas remotas sobre o tema e age em silêncio nos bastidores para evitar danos maiores aos cofres do Flamengo.
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