O Flamengo tem sido um dos ‘líderes’ do movimento de retomada às atividades esportivas no Rio de Janeiro. Mesmo com a curva de casos confirmados e mortes por Covid-19 crescendo no estado, o Mais Querido se mantém firme na ideia de voltar a treinar no Ninho do Urubu. No entanto, na última semana, o clube divulgou os resultados dos mais de 290 testes para a doença e, dentre eles, 38 testaram positivo, incluindo três jogadores.
No podcast ‘Posse de Bola’, do Uol Esporte, o jornalista Arnaldo Ribeiro disse que os resultados dos exames só reforçam a ideia de que não dá para o clube voltar às atividades neste momento. Segundo o comentarista, a proporção entre examinados e infectados é muito significativa e deveria contar como uma fonte de dados mais seguros.
— Eu acho que o dado mais representativo para quem eventualmente só acompanha esporte ou outra coisa, não tem muita noção do que está acontecendo, foram os testes divulgados no Flamengo. O Flamengo, clube mais popular do país, testou mais de 200 funcionários, entre jogadores de futebol, exatamente, e 38 apontaram positivo. Dá uma proporção muito interessante e significativa e explícita de mais de 10% de infectados e nesse diagnóstico -, disse antes de seguir:
— É mais fácil você explicar para o teu colega o retrato do Flamengo do que você explicar o retrato por Estado, onde tem subnotificação, onde a política espera aqui, ou onde o cara quer revelar tal dado, você não tem segurança nos dados brasileiros. O dado do Flamengo é um dado mais seguro, por incrível que pareça, e é notório por esse retrato, por essa fotografia, que não dá para voltar agora -, finalizou.
O Flamengo conseguiu dois pareceres jurídicos que respaldam a intenção do clube de voltar com os treinamentos. Porém, uma discussão interna tem freado o Rubro-Negro em seguir adiante. Isso porque, existe o receio de desgastar a imagem do clube caso os treinos voltem em meio à pandemia do coronavírus. Além disso, o Fla discute com cuidado cada passo, por conta da opinião pública, e também pela possibilidade da discussão parar no campo jurídico.
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