Corre, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) responsável por investigar incêndios no estado. Dentre os casos apurados, está a tragédia que aconteceu no Ninho do Urubu no dia 08 de fevereiro de 2019. Na ocasião, os alojamentos das categorias de base do Flamengo pegaram fogo e 10 jovens atletas morreram, além de outros três terem ficado gravemente feridos. 15 meses depois da tragédia, a CPI deve indiciar e responsabilizar o ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello e o atual mandatário Rodolfo Landim. A informação foi inicialmente divulgada pelo Uol Esporte.
Apesar da comissão estar paralisada em meio à pandemia do novo coronavírus, o relatório final está em fase de produção. Nele, a CPI praticamente descartou a responsabilidade da NHJ, empresa fornecedora dos contêineres que pegaram fogo. De acordo com o portal, alguns depoimentos ainda precisam ser colhidos, mas ao ouvir dirigentes das duas últimas gestões do clube, a tendência é que o ex-presidente e o atual sejam, de fato, responsabilizados.
A publicação mostra que os deputados envolvidos na CPI entenderam que as investigações da Polícia Civil, por mais que fossem frágeis e responsabilizassem apenas Bandeira, poderiam servir como um fio condutor para seu indiciamento. Isso porque, a polícia entendeu que o alto comando do clube deveria responder pelo incêndio. Diante deste raciocínio, os parlamentares tendem a incluir todos aqueles que tinham alguma responsabilidade sobre o Ninho. Incluindo, além de Landim, o ex-CEO Fred Luz e vice-presidente de patrimônio da gestão Bandeira, Alexandre Wrobel.
Produtos oficiais do Flamengo com descontos incríveis
Dentre os jovens que perderam a vida no incêndio, estavam: Athila Paixão, Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Gedson Santos, Pablo Henrique, Christian Esmério, Jorge Eduardo, Samuel Thomas Rosa, Vitor Isaías e Rykelmo de Souza Vianna. Já os garotos que ficaram gravemente feridos, e sobreviveram foram: Cauan Emanuel, Francisco Dyogo e Jhonata Ventura.
Sobre o processo indenizatório, mais de um ano após o incêndio, o Flamengo fechou acordo apenas com três famílias e meia dentre as que tiveram vítimas fatais. Os familiares de Gedson, Vitor Isaías e Athila Paixão, além do pai de Rykelmo – que tem pais separados e a mãe ainda não se acertou com o clube. Desta forma, ainda há sete negociações pendentes (seis famílias e a mãe de Rykelmo).
Share this content: