A vitória do Flamengo por 4 a 3 em cima do Bahia, no último domingo (20), no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, poderia ter sido marcada somente pela virada heroica do Rubro-Negro. No entanto, o confronto ficou manchado com um ato de injúria racial exposto por Gerson em entrevista a beira do gramado. O volante denunciou o jogador Indio Ramirez. Após o racismo, o camisa 8 do Mais Querido decidiu que vai à justiça.
Durante entrevista ao Redação Sportv, Rodrigo Dunshee, vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, antecipou que Gerson iria à delegacia na tarde desta segunda-feira (21). De acordo com o Venê Casagrande, o volante do Flamengo já assinou a intimação para prestar depoimento nesta terça (22), às 10h (horário de Brasília), na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Além do jogador, Dunshee foi intimado para representar o Rubro-Negro e apresentará vídeos, áudios e súmulas sobre o assunto.
De acordo com Gerson, no início do segundo tempo, o jogador colombiano ofendeu utilizando a seguinte frase: “Cala a boca, negro”. A situação causou uma confusão no campo e, além do atleta, Mano Menezes (ex-técnico do Bahia) também se envolveu. Nas imagens divulgadas pela emissora de televisão é possível perceber o treinador minimizando o ato de Indio Ramirez. Com isso, Rodrigo Dunshee informou que o Flamengo representará ao STJD uma denúncia contra os dois envolvidos.
Vale destacar que racismo é crime. No Brasil, a LEI Nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, prevê punição para casos resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, com pena que projeta reclusão de dois a cinco anos. Contudo, de acordo com o artigo 243-G do regulamento do STJD, a punição pelo ato será, no máximo, de dez jogos: “A pena pode variar de suspensão de cinco a dez partidas, quando protagonizada por atletas, técnicos e/ou membros da comissão técnica, além de multa, de R$ 100 a R$ 100 mil.”, diz o documento.
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