Relativizar adversários do Flamengo no Carioca é natural, tamanha a disparidade. Mas a goleada por 5 a 1 diante do Madureira pode ser vista como um ensaio para o primeiro jogo realmente importante na temporada: a Supercopa do Brasil, domingo, contra o Palmeiras. E, como ensaio, o resultado menos importa. Vale a pena é sublinhar movimentos, conexões e automatismos dos comandados de Rogério Ceni.

Dito isso, o ensaio foi quase irretocável. O placar recolocou o Fla na liderança do Carioca, com 19 pontos.

O Madureira estava invicto no Carioca, tem uma posição relativamente honrosa na tabela, mas está longe de se equiparar aos desafiantes relevantes para o Flamengo na temporada. A refeição não era das mais sofisticadas, mas o interessante foi o apetite rubro-negro.

Os titulares do Flamengo, que fizeram contra o Bangu o primeiro jogo da temporada, imprimiram um ritmo avassalador. Pensando no Palmeiras, valeu a pena ver a ação de Rodrigo Caio, que se recuperou de lesão. Ele foi a peça que faltou na rodada passada. Mas, obviamente, o que encanta mesmo é a produção ofensiva.

Para resumir, o placar do primeiro tempo foi 4 a 0, depois de 19 finalizações do Fla. E foi pouco. O gol que seria o mais bonito foi anulado equivocadamente pela arbitragem. Não há VAR no estágio atual do estadual.

O Madureira até tentava sair jogando, apostava em uma ou outra descida em velocidade pela esquerda, mas a soberania do Fla foi inabalável. Gabigol fez dois gols, sendo o primeiro de pênalti, e atingiu uma marca importante.

Na leva do primeiro tempo, Gerson e Diego também balançaram as redes em lances que tiveram ultrapassagens, velocidade, precisão nos chutes – em que pese o Madureira atordoado.

A etapa final teve um Flamengo mais relaxado, tanto que o Madureira fez o gol de honra em uma falha defensiva do Fla após escanteio. Mas rapidamente Arrascaeta respondeu, em um lance de talento exuberante.

Quinto gol confirmado, veio a enxurrada de trocas, até para poupar para o jogo contra o Palmeiras, que será às 11h, em Brasília. Ou seja, a demanda física será significativa. A Supercopa do Brasil, inclusive, dará R$ 5 milhões ao vencedor. Quem perder fica com R$ 2 milhões.

Pelo estadual, o próximo desafio é o clássico contra o Vasco, no retorno ao Maracanã após veto da prefeitura aos jogos na cidade do Rio.