O retorno gradual de público aos estádios paulistas, liberado por João Dória, já está rendendo no mundo esportivo. O jornalista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, apontou contradições no discurso do governador de São Paulo e cobrou postura dos clubes envolvidos no acordo da Série A – por isonomia. O especialista lembrou, ainda, o movimento contrário a decisão do Flamengo em querer torcida no Maracanã na partida diante do Grêmio, no dia 15 de setembro.
– O João Dória antecipou a decisão por uma contradição dele. Desde o principio está claro que ele só permitiu retornar público 100% em novembro porque a Fórmula 1 é dia 07 de novembro. Todos os clubes da Série A com força política, inclusive o Flamengo, deveriam bater no Palácio dos Bandeirantes e perguntar o motivo, questionar. Flamengo deveria questionar. O Flamengo resolveu o problema dele no Rio, mas o problema é do Campeonato e tem 20 clubes.
– Os clubes da Série A decidiram que só volta quando 100% dos clubes puderem ter público. Diferente da Série B. Não tem condição dos clubes de São Paulo voltarem atrás nessa história, não. Todos pressionaram o Flamengo e, ao meu ver, com razão. O Flamengo participou da reunião, que só podiam todos os clubes então serve para todos. Não tem condição de quem disse que o Flamengo estava errado definir que agora pode. Combinado não sai caro -, disse durante o podcast ‘A Mesa’.
A ideia é que os clubes paulistas possam contar com público nos estádios a partir do próximo dia 04 de outubro, com 30% da capacidade. Se ocorrer tudo bem, a porcentagem avança para 50% no dia 15 do mesmo mês. A expectativa de João Dória é que a totalidade de torcedores, 100%, já possa frequentar arenas no primeiro dia de novembro.
O caso citado por PVC envolvendo o Flamengo refere-se ao confronto da volta das quartas de final da Copa do Brasil. Na ocasião, o Mais Querido venceu o Grêmio por 2 a 0 diante de mais de seis mil flamenguistas no Maracanã. A presença da Nação, no entanto, gerou revolta entre clubes da Série A, que foram ao STJD derrubar a liminar que dava o direito ao Rubro-Negro. Assim, os cariocas não puderam mais abrir os portões para jogos dos torneios nacionais.
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