A diretoria do Flamengo adotou uma prática comum ao cidadão brasileiro para se reforçar na temporada. Em tempos de crise, a gestão Bandeira de Mello parcelou as aquisições para o elenco. O efeito "carnê" possibilitou cinco compras e a sobra de mais de R$ 3 milhões em caixa para investir em um atacante.
Último a chegar, o zagueiro Alejandro Donatti custará cerca de R$ 5 milhões aos cofres da Gávea por 100% dos direitos econômicos. O pagamento em parcelas minimizou o impacto em torno dos R$ 8 milhões disponíveis para contratações no meio do ano.
Nas contas do departamento de futebol, o Rubro-negro deixou de utilizar mais de R$ 3 milhões com o objetivo de contratar um atacante para a reserva de Paolo Guerrero ou até mesmo para jogar ao lado do camisa 9. Porém, não obrigatoriamente a negociação será feita de forma definitiva. O empréstimo é uma hipótese.
O Flamengo comprometeu pouco mais de R$ 30 milhões em compras de jogadores no ano, mas menos da metade do valor sairá dos cofres na atual temporada. Donatti é o último exemplo da estratégia.
Antes, o clube ainda adquiriu de forma parcelada 60% dos direitos econômicos do goleiro Alex Muralha por R$ 2 milhões e 50% do lateral-direito Rodinei pelo valor de R$ 4 milhões. Já as transferências dos gringos Mancuello e Cuéllar foram um pouco mais complexas.
O meia argentino custou R$ 12 milhões por 90% dos direitos econômicos (50% pagos em 2016 e os 40% restantes apenas em 2018). Já o volante colombiano saiu pela conta de R$ 8 milhões por 70% dos direitos econômicos (R$ 2 milhões à vista e R$ 6 milhões em 2017).
A situação financeira está longe de ser confortável, mas o Flamengo respira no mercado por convencer os clubes a negociar de forma parcelada. O desempenho em campo ainda não empolgou, porém, o Rubro-negro aparenta ter encontrado nos bastidores uma solução economicamente viável para se reforçar.
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