Enquanto alguns torcedores foram protestar no Centro de Treinamento do Flamengo na manhã deste sábado (15), o “Grupo FLAFUT“, que participa da política rubro-negra, emitiu uma nota protestando contra os dirigentes do clube. Dentre os alvos, o presidente Rodolfo Landim foi o maior questionado.
Quando estava fazendo campanha, ainda em 2018, Landim prometeu que o Flamengo seria gerido à base de cobranças, sem paternalismo. Porém, é justamente disso que a torcida vem reclamando da atual gestão, por conta dos últimos acontecimentos. Por isso, o “Grupo FLAFUT” questionou o mandatário: “Cadê a cobrança e a intolerância com a mediocridade, Landim?”, questionou.
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O “Grupo FLAFUT” ainda relembrou de outras entrevistas de dirigentes, inclusive uma do vice-presidente de futebol do Flamengo ao Coluna do Fla: “Em setembro de 2022, o VP de Futebol, Sr. Marcos Braz – naquele momento, candidato ao cargo de deputado federal -, prometeu à Nação Rubro-Negra que, caso o Flamengo ganhasse a Libertadores da América, “(…) nada mais natural que a gente se reforce ainda mais na janela. Aí eu acho que o céu é o limite (para contratações). O nosso pensamento é que seja isso, três contratações, sendo um muito acima da média, referência mundial.” (Canal do Benja). No mesmo período, ao Coluna do Fla, afirmou que, “Com certeza o Flamengo fará uma janela ainda mais forte“.”, escreveu o grupo.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA:
“Após a humilhante derrota na final do campeonato carioca, a diretoria do Flamengo demitiu o técnico Vítor Pereira, encerrando o ciclo do 8° treinador da gestão do Presidente Rodolfo Landim, em um período de 52 meses.
A demissão do técnico já estava evidente, faltando, apenas, saber a data que seria
concretizada. O péssimo futebol apresentado pelo time desde o início do ano, associado à série inédita e inacreditável de vergonhas e perdas de títulos sucessivas, em um curto espaço de tempo, davam a certeza que o treineiro tinha os dias contados na Gávea.
Em que pese a incontestável incompetência de Vítor Pereira, a péssima fase que vive o time do Flamengo, não pode ser atribuída somente ao técnico, que teve sua significativa parcela de culpa, mas não pode ser considerado o único responsável pelo vergonhoso momento que atravessa o CRF.
Para que seja possível encontrar o responsável, faremos uma cronologia dos fatos, que nos levaram ao momento presente, onde fica fácil constatar que os resultados vergonhosos, vistos ultimamente, estão intimamente ligados com o terrível planejamento – se é que houve algum – traçado pela Diretoria do Flamengo.
Em setembro de 2022, o VP de Futebol, Sr. Marcos Braz – naquele momento, candidato ao cargo de deputado federal -, prometeu à Nação Rubro-Negra que, caso o Flamengo ganhasse a Libertadores da América, “(…) nada mais natural que a gente se reforce ainda mais na janela. Aí eu acho que o céu é o limite (para contratações). O nosso pensamento é que seja isso, três contratações, sendo um muito acima da média, referência mundial.” (Canal do Benja). No mesmo período, ao Coluna do Fla, afirmou que, “Com certeza o Flamengo fará uma janela ainda mais forte.”.
Tais declarações levam a crer que o Vice-Presidente de Futebol, então candidato a cargo eletivo, deixou seu lado político falar mais alto, com promessas posteriormente não cumpridas, uma vez que, para o início da temporada de 2023, apenas o jogador Gerson foi contratado, mantendo-se o elenco com carências há muito tempo apontadas, e que aumentaram ainda mais, com a saídas de Rodnei e João Gomes – importantíssimos na temporada de 2022.
Ainda no mês de novembro de 2022, já eram divulgadas as datas – pelo menos aproximadas – de todas as competições que seriam disputadas em 2023, que teriam início com a Supercopa do Brasil, em 28 de janeiro de 2023, passando pelo Mundial de Clubes, na primeira quinzena de fevereiro, e com os 2 jogos da Recopa ao final do mês.
Ato contínuo, com a ocorrência da Copa do Mundo do Catar, o óbvio seria que fossem concedidas férias de 30 dias aos jogadores, com início no dia 31 de outubro (segunda-feira após a final da Libertadores) e retorno dia 19 de dezembro, mitigando os prejuízos físicos e técnicos de nossos jogadores. No entanto, contrariando a lógica, foram concedidos 43 dias de férias, tendo o time se reapresentado para exames no dia 26/12, e somente começado os trabalhos físicos e de campo, no dia 02/01/2023, ou seja, a 24 dias da final da Supercopa!
O resultado dessas férias prolongada foi um time em frangalhos fisicamente, 2 vice-campeonatos e uma eliminação lamentável no Mundial de Clubes.
É claro que a comissão técnica e os jogadores têm sua parcela de culpa nas vergonhas proporcionadas até aqui, porém, por todos os fatos acima apontados, a responsabilidade maior é do presidente Rodolfo Landim e, subsequentemente, do VP de Futebol/Vereador Marcos Braz, que insistem em manter o carro chefe do clube comandado e gerido por um ambiente amador, paternalista e leniente com a mediocridade.
Lembremos das palavras proferidas pelo presidente Rodolfo Landim, quando ainda
candidato ao cargo máximo do CRF, no ano de 2018, que criticava a “falta de cobrança, tolerância com o resultado ruim, mediocridade”, de que “não vai ter proteção de ninguém”, conforme vídeos amplamente divulgados nas redes sociais.
Considerando os péssimos resultados do futebol e os prejuízos financeiros até aqui
contabilizados, pelo não atingimento das metas estabelecidas para 2023, será que o empresário Rodolfo Landim manteria uma postura omissa e condescendente caso tal fato ocorresse em uma de suas empresas?
Cadê a cobrança e a intolerância com a mediocridade, Rodolfo Landim?
É fato notório que o Futebol do Flamengo precisa ser restruturado e imediatamente
Profissionalizado, dando fim a políticas amadoras e eleitoreiras. Não custa lembrar que a hegemonia no futebol brasileiro foi promessa de campanha do atual presidente do Flamengo, mas diante de tanto paternalismo e falta de planejamento, continuamos a ganhar nossos títulos na base da camisa e da qualidade individual de nossos jogadores.
Outro ponto que merece destaque é a indolência e a falta de comprometimento de
alguns jogadores do time profissional do Flamengo. A apatia e pouco caso com as derrotas viraram uma triste rotina nesse início de temporada. Nosso elenco milionário deixou de lutar e se encontra numa posição de nítida acomodação, possivelmente vivendo de renda das glórias e conquistas recentes. Estamos diante de um plantel sem ambição e sem vergonha na cara.
E é bom que se diga que o apesar de exaustivamente avisado, o Departamento de
Futebol não oxigenou o envelhecido elenco rubro-negro e ainda renovou o contrato de jogadores que não conseguem sequer entrar em campo. Atualmente o Flamengoé um arremedo de time, talvez retrato de seu capitão, um time mudo e sem disposição. Uma vergonha absoluta.
Infelizmente, a Nação Rubro-Negra ficará mais uma vez sem respostas, uma vez que, conforme já de praxe nos últimos anos, o presidente do CRF só aparece quando os resultados em campo são positivos, nos maus momentos, como o de agora, desaparece e se esconde atrás do seu escudo que atende pelo nome de Marcos Braz, como se não devesse explicações a ninguém, em típica atitude covarde e prepotente.
É imperativa a total reformulação do Departamento de Futebol do CRF, expurgando definitivamente o amadorismo que predomina atualmente, com a contratação de um executivo preparado, à altura da grandeza do Flamengo, com conhecimento técnico e prático para gerir o futebol, blindando-o da influência de diretores amadores, dos palpiteiros de plantão, de empresários ávidos pelo dinheiro rubro-negro e demais protegidos pela atual diretoria.
O FLAFUT e a Nação cobram explicações e atitudes do verdadeiro responsável, Rodolfo
Landim. Não se omita mais uma vez.
Profissionalização do Futebol já!“
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