Para brigar pelo segundo título brasileiro na era dos pontos corridos, o Flamengo precisa mudar um retrospecto ruim. De 2003 para cá, o clube leva desvantagem no confronto com a maioria dos principais times de fora do Rio, entre eles o Atlético-MG, adversário deste domingo, às 11h, no Mané Garrincha, em Brasília.
No tira-teima frente às dez grandes forças de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, as estatísticas são negativas em oito duelos — o Rubro-negro só tem mais vitórias que derrotas contra Santos e Coritiba. Os rivais do Rio, por outro lado, são presas mais fáceis e um refresco neste panorama. O Flamengo leva a melhor contra Botafogo, Fluminense e Vasco.
Se a irregularidade quase sempre impediu o clube de brigar pela ponta da tabela neste período de pontos corridos, uma arrancada, como a que resultou no título de 2009, é a saída. E é o que Zé Ricardo espera repetir:
— Queremos, no terço final, estar próximo do G-4. Assim, com a volta dos jogos no Maracanã e com o apoio da torcida, poderemos buscar as primeiras posições.
Para o treinador, há muito equilíbrio entre os times.
— Não vejo grande diferença entre as equipes que estão com a nossa pontuação e as que estão acima. Tem Palmeiras, Grêmio, Corinthians, Atlético-MG, outras equipes fortes, e o Flamengo está no bolo — defende ele, embora o Rubro-negro tenha perdido neste Brasileiro para os três primeiros times.
Depois de perder para o Corinthians por 4 a 0, no último domingo, o Flamengo encara o Galo com quatro desfalques no setor ofensivo: Guerrero, suspenso; Emerson Sheik, Ederson e Alan Patrick, machucados.
As ausências tornam mais difícil a tarefa de empatar um duelo particular com o Atlético-MG: o de goleadas. Desde 2003, o Rubro-negro foi derrotado dez vezes pelo rival, três delas com mais de dois gols de diferença. Mas só goleou em duas das oito vitórias sobre os mineiros na era dos pontos corridos.
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