Desde o início da gestão EBM, nosso Flamengo mergulhou em um processo de profissionalização sem precedentes, o que vem permitindo um aumento gradual na capacidade de investimento do clube. O que esperam todos os torcedores é que este seja um caminho sem volta, que nos leve ao posto merecido de principal potência do futebol brasileiro.
Essa história, porém, todos já conhecem. Ocorre que, ao largo desse processo de aperfeiçoamento, existem muitas partes dispostas a desqualificar este trabalho e atrapalhar nossos planos, pois sabem que, com um Flamengo forte, dificilmente conseguirão fazer frente às nossas cores.
Nesse cenário, surgiram discursos pouco amigáveis e condutas nada leais principalmente por parte dos presidentes de Vasco e Botafogo, aliados da Federação do Rio e os maiores opositores políticos atuais do Flamengo. Durante um tempo, acreditou-se por parte da diretoria rubro-negra que o Fluminense poderia ser um aliado em tais embates, fato que vem se apresentando cada vez mais improvável, o que tornou-se evidente após as declarações do presidente Abad sobre os planos do Flamengo para o Maracanã.
Fato é que, quando estão à tona assuntos que envolvem mais de um clube, com destaque para cotas de TV e estádio, nossos três maiores rivais se unem contra nós e nos acusam de possuir o que chamam de um “projeto hegemônico”.
Todos sabemos que uma das maiores discussões atuais é a definição de uma solução definitiva para a questão do estádio, seja no sonho de administrar o Maracanã ou então para não depender mais dele. Contudo, essa jornada não será fácil e parece que, pelos recentes acontecimentos, daqui em diante seremos nós contra tudo e contra todos.
O discurso do presidente do clube das laranjeiras, que foi recebido com surpresa pela diretoria rubro-negra, é repleto de contradições. Acusa o Flamengo de querer o Maracanã só para ele, mas ignora que o clube já deixou claro em diversas oportunidades que abrirá as portas para todos que lá quiserem atuar. Para manter o bom contrato que possuem com o consórcio, nosso rival na final do estadual desconsidera a possibilidade de parceria para uma futura administração em conjunto e faz isso pensando apenas nos próprios interesses. Diz ainda que o Maracanã foi construído com dinheiro público, mas ignora que o Engenhão também foi levantado às custas do bolso do contribuinte e hoje é gerido unicamente pelo Botafogo, que inclusive impõe barreiras para outro clube utilizar o equipamento.
Na minha visão, o Flamengo encontra-se numa situação em que nenhum outro clube no Rio “fala a língua” de nossa atual diretoria, nos restando apenas lutar pelos nossos próprios interesses e não abrir mão de nossos direitos. Se quiserem entender isso como um projeto hegemônico, que entendam, o futuro lhes dará a resposta e mostrará qual projeto trará maiores resultados.
Por hora, esqueçamos parceria com Fluminense ou qualquer outro clube! Se for necessário elaborar proposta para assumirmos integralmente a gestão do Maraca em caso de nova licitação, assim o faremos, temos capacidade pra isso! Se for para adquirir um terreno visando a construção do nosso tão sonhado estádio próprio, seguiremos adiante. O importante é continuar apoiando a nossa diretoria, já que hoje temos a dádiva de possuir uma direção que realmente luta pelos interesses da Nação Rubro-Negra, o que sempre foi o sonho de 10 entre 10 flamenguistas.
Por mais que os rivais tentem nos isolar, o Flamengo jamais estará sozinho, pois por trás dele existe uma gigantesca Nação de 40 milhões de torcedores. Seguiremos em frente!! SRN
Bernardo Mesquita
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A coluna acima é de responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a mentalidade do Coluna do Flamengo.
Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/04/coluna-torcedor-flamengo-e-o-surgimento-mito-projeto-hegemonico/
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