Torcedores relatam os impactos da altitude ao assistir jogo do Flamengo em La Paz: “Prejudica demais”

O confronto entre Flamengo e Bolívar em La Paz, na última quarta-feira (24), levou muitos torcedores rubro-negros a se aventurarem pelas montanhas bolivianas. Os adeptos do Mengão deixaram o Brasil em busca de apoiar o seu time do coração a 3.640 metros acima do nível do mar. Diante disso, surge a questão: será que esses flamenguistas foram afetados pelos conhecidos efeitos da altitude?

Embora tenham sentido os efeitos da altitude logo no primeiro dia na capital boliviana, alguns torcedores relataram suas experiências. Carlos Alberto, por exemplo, mencionou que a falta de ar foi um desafio, mas conseguiu contornar a situação com algumas estratégias simples, como umedecer o nariz e manter-se hidratado. Ele descreveu: ‘Senti. A turma toda sentiu. Mas nós fizemos uma caminhada muito forte na terça-feira (23), subimos a avenida toda (Av. 16 de Julho), fizemos umas visitas a monumentos históricos e na volta deu uma fadiga. Então, realmente, você sente a falta de ar. No início, para dormir, foi meio complicado. A gente custou a pegar no sono. Falta sempre um pouquinho de ar. Aí é só molhar o nariz, tomar bastante água… assim aliviou.’

Outro torcedor, Cleiton, também compartilhou sua experiência, destacando o cansaço e a falta de ar que sentiu ao chegar na região de El Alto, onde está localizado o aeroporto internacional de La Paz, a 4.150 metros de altitude. Ele ressaltou: ‘Apesar de eu ser do Acre, um estado vizinho, senti um pouco de fadiga, falta de ar, cansaço. No aeroporto, na cidade de El Alto, senti bem mais, até porque lá é quase 4 mil metros acima do nível do mar. Aqui em La Paz mesmo sentimos um pouco. Acredito que falta mesmo (o ar), tem a fadiga. A altitude prejudica os torcedores e deve prejudicar os jogadores também.’

Diante dos desafios enfrentados pelos torcedores, os jogadores do Flamengo não foram poupados dos efeitos da altitude durante a partida. O zagueiro Léo Ortiz comentou sobre a experiência única de atuar a 3.640 metros de altitude em La Paz: ‘Sabemos que era um jogo totalmente atípico do que é o futebol. Aqui se joga um jogo bem diferente. Visivelmente, para as pessoas de fora, é bem aparente, e para quem está lá dentro é muito mais. Eu nunca tinha vivido uma experiência como essa. Realmente, a gente sente muito dentro de campo.’

Mesmo com as adversidades, alguns torcedores relataram que não foram tão impactados pelos efeitos da altitude. Isso evidencia que cada indivíduo reage de maneira distinta à vida em altitudes elevadas, como as encontradas na capital boliviana.

Publicado em colunadofla.com

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