O edital do leilão de terreno no Gasômetro apresenta uma série de requisitos para o potencial comprador da área. Com o Flamengo sendo o único interessado, o clube já está atento a todas as solicitações da Prefeitura do Rio de Janeiro para a construção de seu próprio estádio. As condições abrangem desde questões de mobilidade urbana até práticas ambientais.
Todas as exigências da Prefeitura têm como propósito a edificação de um ‘equipamento’ de alcance público. Nesse sentido, a cidade do Rio de Janeiro espera que o comprador do terreno transforme a região em um local moderno, ambientalmente sustentável e com impacto social positivo para a comunidade local. Por esse motivo, o edital do leilão lista seis pontos específicos que devem ser seguidos pelo interessado no Gasômetro.
O projeto deve estar alinhado com o Plano de Mobilidade Urbana da Prefeitura. Portanto, o Flamengo teria que incluir soluções para facilitar o acesso do público por meio de transporte coletivo e pedestres nas proximidades. Além disso, o comprador deve considerar o Terminal Intermodal Gentileza e a Rodoviária do Rio.
O edital também estabelece que o projeto deve contemplar o acesso de veículos de transporte individual pelas vias internas do bairro de São Cristóvão. Dessa forma, o acesso de automóveis pela Avenida Francisco Bicalho está proibido. É importante ressaltar que a região deve contar com espaço para táxis, carros de aplicativos, acessibilidade para pessoas com deficiência e fácil integração com ônibus, metrô, trens e VLT.
Todas as etapas do empreendimento, desde a construção até o uso, devem ser acompanhadas por um Plano de Alcance Social, que leve em consideração os impactos positivos para as populações e comunidades locais. Uma maneira de atender a essa exigência é priorizando a contratação de mão de obra local, projetos de qualificação profissional e atividades esportivas e culturais.
O comprador do terreno será responsável por lidar, se necessário, com quaisquer mudanças nas redes de gás presentes na área. Além disso, também será responsável pela gestão de águas pluviais e sistemas de drenagem.
Outras opções de entretenimento devem ser desenvolvidas nas proximidades do estádio. Sendo assim, o comprador deve equipar a região com lojas, museus, restaurantes, bares e serviços como forma de promover a vida urbana. É fundamental destacar que o projeto precisa garantir a utilização da região em todos os dias da semana, não se restringindo apenas a eventos esportivos.
O projeto também deve prever o desenvolvimento de calçadas amplas e acessíveis. Além disso, a Prefeitura exige a implementação de ciclovias que conectem a construção a áreas residenciais e comerciais próximas.
A implantação do projeto deve incluir a integração com áreas verdes e espaços públicos livres. Dessa forma, a intenção da Prefeitura é promover o bem-estar da comunidade local. Algumas sugestões incluem arborização, paredes verdes, jardins de chuva, entre outros.
Questões ambientais também são prioritárias. Portanto, a Prefeitura requer que o comprador adote as melhores práticas de sustentabilidade ambiental. Nesse sentido, o Flamengo deve se preocupar com eficiência no uso de recursos hídricos e energéticos, incluindo o uso de energia solar e outras fontes renováveis. Ademais, o edital prevê a utilização de iluminação LED de alta eficiência para redução do consumo de energia.
O projeto deve incluir um sistema de coleta seletiva de resíduos, captação de água da chuva para reuso e vegetação para melhoria da qualidade do ar. A Prefeitura ainda sugere a implementação de telhados verdes e jardins verticais.
O leilão do terreno no Gasômetro está marcado para as 14h30 (horário de Brasília) do dia 31 de julho. O edital estabelece que o lance mínimo para a aquisição da área é de R$ 138,1 milhões. O Flamengo é o único interessado em adquirir o espaço e cumprir com todas as exigências.
Publicado em colunadofla.com
Share this content: