A partida entre Vasco e Flamengo de sábado já entrou para a história por causa das cenas de violência ocorridas dentro e fora de São Januário, que culminaram com a morte de um torcedor. Para os jogadores rubro-negros, será um jogo difícil de se esquecer. A alegria pela vitória sobre o rival se misturou a uma série de sentimentos, antes, durante e depois do caos instalado na Colina.
No primeiro tempo, os rubro-negros atacaram para o gol das arquibancadas de São Januário. A concentração na partida não impediu que os jogadores, nos momentos em que a bola estava parada, percebessem os focos de confusão na torcida vascaína. Alguns deles relataram a pessoas próximas que não entendiam o que estava acontecendo. O clássico à aquela altura estava empatado e amarrado, com poucas chances de gol para ambas as equipes.
Ao fim da partida, a comemoração pela vitória deu lugar à dificuldade para descer para o vestiário. Zé Ricardo aproveitou a saída dos jogadores vascaínos para descer ao mesmo tempo, sem ser alvo de tantas bombas arremessadas pelos torcedores. Seu time não teve a mesma sorte e levou um tempo para conseguir sair do gramado.
No vestiário, já em segurança, a festa dos jogadores aconteceu sem maiores problemas. Houve música para cantarem, mas logo em seguida o semblante deles mudou.
Isso porque a delegação rubro-negra não sabia ao certo quando poderia deixar o estádio. Quem havia se programado para deixar São Januário sozinho foi convencido pelos seguranças de que era mais prudente todos saírem juntos, no ônibus do clube. Rafael Vaz chegou a tentar sair antes, por ter uma viagem programada, mas teve de mudar de ideia. Everton, que tinha um jantar programado com a mulher na noite de sábado, depois do jogo, também foi obrigado a alterar os planos.
Depois de uma espera de mais de uma hora, o ônibus do Flamengo deixou São Januário escoltado pela polícia militar e desembarcou os jogadores na Barra da Tijuca, de onde cada um seguiu seu caminho.
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