Flamengo termina o semestre com déficit de R$ 79 milhões e caixa de R$ 28,3 milhões

Apesar de ter realizado um investimento milionário na aquisição do terreno do estádio do Gasômetro, o Flamengo ainda possui R$ 28,3 milhões em caixa. Por outro lado, o clube encerrou o semestre com um déficit de R$ 79,5 milhões. As informações foram divulgadas pelo clube nesta terça-feira (13), por meio de um demonstrativo financeiro referente ao segundo trimestre de 2024.

No balanço financeiro do Flamengo, que foi fechado em 31 de junho, o valor em caixa apresentado foi de R$ 209,4 milhões. No entanto, parte desse montante, cerca de R$ 138,1 milhões, foi utilizado para a compra do terreno do Gasômetro posteriormente. Em 02 de agosto, o Rubro-Negro confirmou o investimento no local onde será construído seu próprio estádio, pagando à vista.

Nos últimos anos, o Flamengo tem disponibilizado detalhes sobre sua situação financeira a cada trimestre. Entre janeiro e março de 2024, o clube registrou um déficit de R$ 63 milhões. Contudo, ao final de junho, esse valor aumentou para R$ 79,5 milhões. Apesar do crescimento do déficit, os números foram considerados dentro da normalidade, conforme apontado em um documento elaborado pela diretoria rubro-negra e assinado pelo presidente Rodolfo Landim.

Além disso, o Flamengo ressaltou que “quitou todos os seus empréstimos bancários e, em seu balanço patrimonial, não possui passivos onerosos”. Outro trecho do documento destaca que, dessa maneira, “em virtude de sua sólida capacidade de geração de caixa operacional e dos prazos estendidos desses pagamentos, o saldo apresentado no 2T/2024 não indica a necessidade do clube realizar vendas de jogadores em valores equivalentes ou contrair empréstimos”.

“Terminamos este primeiro trimestre com um déficit acumulado de R$ 79,5 milhões. Esse resultado é inferior em aproximadamente R$ 121 milhões em relação ao resultado do 2T2023 (positivo em R$ 41,5 milhões), uma vez que o desempenho daquele semestre foi fortemente impactado pela venda dos direitos do jogador João Gomes na janela de transferências do início do ano, gerando uma receita não recorrente de R$ 103 milhões.

“Ao analisar a variação das receitas recorrentes, que excluem as vendas de jogadores, nota-se uma leve redução em comparação com o mesmo período do ano anterior: R$ 458,8 milhões de receita recorrente ante R$ 469,5 milhões em 2023. Essa diminuição não suscita preocupações de longo prazo, uma vez que ela se deve à redução pontual das receitas de participação em competições, já que no ano anterior o clube disputou mais torneios no primeiro trimestre (Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e Mundial de Clubes).

“Em resumo, este resultado deficitário no primeiro semestre é considerado natural e esperado, devido à sazonalidade típica das receitas provenientes da indústria do futebol. Nossa projeção atual continua sendo de um resultado superavitário em 2024, o que nos permitirá manter uma atuação sustentável, buscando as principais colocações nas competições em que participamos”.

Publicado em colunadofla.com

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