Música alta ecoando pela zona mista, uma pequena comemoração ‘em nome do título’ no aeroporto, uma postagem nas redes sociais com o Cristo Redentor ao fundo e a camisa do Peñarol (URU), o treinador fazendo piadas com a torcida do Flamengo… A celebração exuberante da equipe uruguaia após a vitória por 1 a 0 no Maracanã, no primeiro jogo das quartas de final da Libertadores, não passou despercebida e incomodou os jogadores rubro-negros. Toda a festividade também gerou repercussão no Uruguai e provocou a ironia do jornalista Valentín Fletcher, que questionou:
— *Parabéns aos torcedores do Penãrol por terem conquistado um novo campeonato. Faz muitos anos que o Peñarol compete em âmbito internacional, extrapolando as fronteiras do Uruguai. Saiu vitorioso no Maracanã, não é? Oh, não saiu. Vi muitas pessoas em êxtase e emocionadas. Mas… Meu erro por não ter me informado corretamente* — ironizou Fletcher, em sua participação no canal ‘Las voces del fútbol’, satirizando o fato de o Peñarol não ter avançado da fase de grupos da Libertadores desde 2011.
Além de zombar da celebração dos torcedores do Peñarol, Fletcher fez críticas contundentes a dois uruguaios que atuam no Flamengo. ‘*Eles são uma vergonha, começando pelos uruguaios. Devem pedir desculpas ao público. Guille Varela jogou com a camisa do Peñarol (por baixo). Quanto ao De Arrascaeta, tudo bem, ele é torcedor do Peñarol, quer jogar no Peñarol. Mas deve respeitar a torcida do Flamengo*’, acrescentou.
O jornalista relembrou que Varela foi formado nas categorias de base do Peñarol e nunca escondeu seu carinho pelo clube de Montevidéu. Já Arrascaeta, em mais de uma ocasião, manifestou seu desejo de encerrar a carreira no clube de sua infância, que curiosamente será o próximo adversário do Flamengo.
As festividades do Peñarol no Maracanã foram numerosas. Após o jogo, os jogadores passaram pelos jornalistas brasileiros com música alta, cantando e dançando. Já no aeroporto, os atletas praticamente se misturaram aos torcedores para comemorar junto com eles.
Antes disso, nos vestiários, o goleiro Aguerre posou para uma foto apontando para o patch com as cinco taças Libertadores do Peñarol (*nota da redação: o goleiro nunca viu o clube ganhar uma, pois nasceu em 1993, e o troféu mais recente é de 1987*). Por fim, o técnico Diego Aguirre celebrou o fato de ter deixado o ‘Maracanã em silêncio’.
Publicado em colunadofla.com
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