Ligas e sindicatos denunciam FIFA por colocar Super Mundial de Clubes em risco

O Super Mundial de Clubes de 2025 está sob ameaça de não se concretizar! Hoje, segunda-feira (14), algumas ligas europeias e a Federação Internacional das Associações de Futebolistas Profissionais (FIFPro) entraram com uma queixa na Comissão Europeia contra a FIFA. O grupo alega que a máxima entidade do futebol está colocando em perigo a integridade dos jogadores ao introduzir essa nova competição.

Todas as partes envolvidas na queixa acusam a FIFA de ‘abuso de posição dominante’. Isso se deve ao fato de que a FIFA decidiu criar o Super Mundial de Clubes sem consultar previamente os sindicatos de jogadores profissionais. Dessa forma, a FIFPro e algumas ligas argumentam que não há espaço suficiente no calendário para adicionar mais uma competição internacional entre junho e julho. É importante ressaltar que o Flamengo já está garantido na disputa.

O sindicato e as ligas reforçam que, de acordo com a legislação comunitária, é considerado ilegal que uma entidade com posição dominante no mercado abuse desse poder. Ou seja, o grupo alega que a FIFA está dificultando ‘a manutenção de uma concorrência efetiva no mercado relevante, concedendo-lhe a capacidade de agir de forma praticamente independente de seus concorrentes, clientes e, em última instância, consumidores’, conforme estipulado no Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.

O ex-jogador e atual presidente do sindicato de jogadores de futebol da França, David Terrier, criticou duramente a FIFA. Ele afirmou que a entidade não está disposta a dialogar: ‘Quando empregados e empregadores estão unidos, eles possuem uma força incrível. Infelizmente, neste caso, não é o que acontece […] Não há espaço para diálogo social com a FIFA, eles não nos recebem de braços abertos’, declarou Terrier durante a conferência em Bruxelas, na Bélgica.

O responsável pelas relações internacionais da Premier League, Mathieu Moreuil, também endossou a queixa contra a FIFA: ‘Chega, não podemos mais suportar […] Este calendário representa riscos para os jogadores. Não nos resta outra opção senão tomar medidas legais’.

‘Temos que ter em mente que o futebol profissional evoluiu há duas décadas. No entanto, ainda é regido pelas mesmas normas de vinte anos atrás’, destacou Javier Tebas, presidente da LaLiga, durante a reunião em Bruxelas.

Após as ligas e os sindicatos terem apresentado a queixa contra a FIFA à Comissão Europeia, o órgão do continente irá analisar os argumentos antes de decidir se abrirá um processo judicial. Vale ressaltar que o Super Mundial de Clubes está agendado para ocorrer entre junho e julho, nos Estados Unidos, com o Flamengo, Fluminense e Palmeiras já assegurados como representantes brasileiros.

Publicado em colunadofla.com

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