Patrícia Regina Thome Martins, sócia do Flamengo, protocolou uma queixa na 14ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro na quinta-feira (24), após ter sua assinatura falsificada em uma chapa vinculada a Wallim Vasconcelos, que é pré-candidato à presidência do clube Rubro-Negro. A torcedora solicita que as autoridades realizem uma investigação para responsabilizar o autor desse ato.
Recentemente, a chapa de Wallim Vasconcelos não conseguiu obter o registro necessário para participar das eleições do Flamengo, que ocorrerão no final do ano. A Comissão Permanente Eleitoral (CPE) alegou que houve uma ‘tentativa de fraude’ devido à utilização de assinaturas falsificadas de sócios do clube, sendo Patrícia Regina uma das afetadas.
Em uma entrevista ao GE, Patrícia Regina revelou que foi contatada por uma pessoa associada à chapa de Wallim Vasconcelos. Contudo, a sócia negou ter concordado em assinar qualquer documento relacionado às eleições presidenciais do clube.
— Um tempo atrás, recebi contato de uma pessoa da chapa do Wallim dizendo que me achou na lista de sócios votantes. A pessoa perguntou se poderia me mandar um e-mail, eu disse que sim, mas pensei que era uma proposta. Quando vi que era para assinar um contrato, eu não aceitei -, declarou, antes de concluir:
— Quando ele mandou o e-mail, eu devolvi o e-mail dizendo que não assinaria porque não queria me envolver tanto assim na eleição do Flamengo. Aí ele falou: ‘Depois, quando acabar a eleição, a gente tem como te tirar’. E eu disse: ‘Não, de forma nenhuma quero estar lá’. Deletei os e-mails, e vida que segue -, acrescentou.
Entretanto, Patrícia recebeu um e-mail da Comissão Permanente Eleitoral (CPE) questionando se ela havia assinado algum documento em apoio à chapa de Wallim. Imediatamente, a sócia respondeu negando qualquer envolvimento nas eleições do clube.
— Um tempo depois, recebi um e-mail do Flamengo perguntando se eu tinha assinado um documento, porque tinham dado entrada no documento sem a minha assinatura. Falei que não, que eu realmente não tinha assinado e não tinha intenção de assinar -, afirmou, antes de finalizar:
— E aí eu expliquei que eu tinha recebido esse documento em branco. Quando abri o documento, realmente era uma assinatura tosca, aquelas assinaturas aleatórias de PDF. Aí eu mandei e-mail dizendo: ‘Não reconheço a assinatura’ -, concluiu.
Wallim Vasconcelos também se manifestou sobre o incidente. O pré-candidato à presidência do Flamengo afirmou que está disponível para auxiliar Patrícia e que apoia qualquer investigação relacionada à falsificação de assinatura.
— Tem que apurar, não pode ficar debaixo do tapete. Estamos tentando apurar internamente. Pedimos para abrir uma comissão de inquérito dentro do clube. Se a associada quiser entrar, terá todo meu apoio. A gente não sabe se foi sabotagem ou se veio de dentro da chapa. Tudo que ela e o advogado precisarem de informações, eu sou o primeiro a colaborar -, disse, em contato com o GE.
Publicado em colunadofla.com
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