A Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar divulgou, na última segunda-feira (09), um comunicado que gerou apreensão entre os torcedores do Flamengo. Isso se deve ao fato de que a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa) determinou que uma parte do terreno do Gasômetro, onde o clube planeja erigir seu estádio, pertence à Naturgy, anteriormente conhecida como Companhia Estadual de Gás (CEG).
Fabrício Chicca, arquiteto e especialista em construção de estádios, sintetizou a situação em uma postagem nas redes sociais. ‘Para quem me acompanha, já sabia que haveria esse problema para ser resolvido. A Naturgy ocupa aproximadamente 13 mil metros quadrados do terreno, é concessionária de um serviço público essencial, possuindo um contrato vigente até 2027, que pode ser renovado. No edital, está especificado que a remoção da tubulação de gás será de responsabilidade do Flamengo. Todas essas informações são públicas. É possível resolver? Sim. É necessário sentar à mesa, investir recursos, negociar e solucionar. Esse custo não estava previsto na planilha’, escreveu.
‘Esse tipo de problema é comum, envolve custos e faz parte do processo de minimização de riscos. É importante ressaltar que outros problemas poderão surgir ao longo do processo. Minimizar riscos não deve ser interpretado como uma crítica à diretoria ou um sinal de pessimismo; trata-se de um procedimento normal e técnico que visa, fundamentalmente, a preservação do Flamengo. Que essa questão seja tratada com mais atenção pela nova gestão’, acrescentou Chicca.
A Naturgy é responsável pelo fornecimento de gás em parte do Rio de Janeiro, utilizando uma estrutura ativa no terreno do Gasômetro. A desapropriação feita pela Prefeitura não incluiu essa área, e um equipamento esportivo só pode prosseguir com uma solução adequada.
Portanto, para que a construção do estádio avance, é necessário remover os materiais da Naturgy, como as tubulações de gás que se encontram subterrâneas. Assim, os custos estimados variam entre R$ 100 milhões e R$ 250 milhões. Recentemente, nas redes sociais, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tentou tranquilizar os torcedores do Flamengo. No entanto, até o presente momento, nenhuma medida efetiva foi tomada.
‘Estão me fazendo defender o Flamengo mais do que eu gostaria: que fique claro que esse não é o custo dessa transferência e que, quando ela ocorrer, será de responsabilidade da Prefeitura do Rio, que está ciente de que essa estrutura não pode permanecer em uma área que já está recebendo tantos edifícios residenciais. Estamos planejando isso há tempos! O Flamengo terá seu novo estádio ali no Gasômetro, com toda a qualidade e segurança que a região exige e merece. Ponto final’, declarou.
Publicado em colunadofla.com
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