A cada lance do Independiente pelo lado esquerdo da defesa do Flamengo, o desempenho de Miguel Trauco é motivo de aflição. Arma do clube em duelos pela Libertadores, quando marcou dois gols, sobre San Lorenzo e Universidad Católica, no Maracanã, o peruano se tornou o caminho das pedras do time argentino em Buenos Aires, mas pode ser arma rubro-negra no jogo de volta no Rio.
O desempenho ofensivo foi o grande cartão de visitas de Trauco ao chegar no Flamengo. Apesar de tímido na fala, demonstrou agressividade no apoio ao ataque. As especialidades apareceram logo, primeiro a de garçom, com passes para Guerrero, depois os cruzamentos, e por último os chutes de fora da área.
Na época da chegada de Rueda, o lateral caiu de rendimento, diante da maratona entre clube e seleção peruana, e chegou a ser preterido. Mas voltou com tudo na reta final. No jogo com o Júnior Barranquilla, no Maracanã, bateu escanteio na cabeça de Juan e cruzou a bola que Vizeu aproveitou. Na quarta-feira, de novo alçou na medida para Réver abrir o placar.
O problema é que a qualidade ofensiva não aparece junto a uma boa marcação. Como precisa do resultado no Rio, Rueda deve manter o lateral, mas teria algumas opções. A primeira é Renê, que marca melhor. A segunda é o improviso de Pará e a escalação de Rodinei do lado direito. Em último caso, dependendo da situação de jogo, Everton poderia deixar o ataque de garotos e reforçar a lateral a plenos pulmões.
A desvantagem no placar depois do 2 a 1 n Argentina faz do jogo uma boa pedida para Trauco demonstrar a vocação ofensiva. No entanto, os contra-ataques podem ser um pesadelo fatal. Resta saber que versão do lateral estará no Maracanã.
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