Primeira contratação de impacto da atual gestão, Paolo Guerrero chegou ao Flamengo a todo vapor e, após o segundo confronto pelo clube, já tinha musica: para a torcida, carente por um camisa 9 desde a saída de Hernane, o "caô" estava acabado em ritmo de funk. Nas três partidas, mesmo número de gols. Nas três seguintes, cartões amarelos em todas, a primeira suspensão e o início de um jejum que durou mais de um mês. Entre altos e baixos num período de um ano e um mês desde sua estreia, o peruano chega ao seu 50º jogo neste sábado, às 16h, na Arena Pernambuco, onde o Fla encara o Sport. Até agora são 17 gols e 18 amarelos que tornaram sua relação com os fãs bastante oscilante.
Após a disputa da Copa América 2015, no Chile, Paolo Guerrero desembarcou no Rio em 7 de julho, foi apresentado e viajou à noite para Porto Alegre. No dia seguinte, estreou pelo clube com um gol e uma bela assistência na vitória por 2 a 1 sobre o Internacional, no Beira-Rio, palco que não testemunhava triunfo rubro-negro desde 2002. Nos duelos seguintes, um gol contra Náutico e outro diante do Grêmio. Mais seis pontos na conta flamenguista.
A lua de mel acabou rapidamente, e o peruano encarou seu primeiro jejum como rubro-negro. Ficou cinco jogos sem marcar, de 18 de julho a 23 de agosto (um mês e cinco dias), quando balançou a rede do São Paulo e se emocionou muito na comemoração do gol que deu a vitória por 2 a 1 ao Flamengo.
Depois do gol sobre o Tricolor, a fase mais complicada de Paolo na Gávea. Não foi mais às redes em 2015, somou cinco cartões (quatro amarelos e um vermelho) e sofreu lesão de ligamento no tornozelo direito no início do empate por 1 a 1 com o Vasco, que eliminou o Flamengo da Copa do Brasil. O problema o tirou de ação por 25 dias. A seca só chegou ao fim em 27 de janeiro de 2016 – cinco meses (157 dias) e em grande estilo: fez os dois da vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG.
Na temporada corrente, a oscilação segue. Já foram 11 cartões amarelos, dois deles recebidos em duelos com o Vasco em que sucumbiu à provocação do zagueiro rival Rodrigo. Também encarou novo jejum de cinco jogos, entre 9 de março e 9 de abril, mas o momento atual é bastante favorável.
Marcou três gols nos últimos cinco compromissos, tem jogado bem e seu nome é gritado pela torcida a plenos pulmões em cada estádio por onde o Flamengo joga. Nas viagens, é sempre o mais procurado e não hesita em atender os fãs. No sábado passado, antes do 1 a 0 sobre o Atlético-PR, em Cariacica, ao deixar o hotel do time em direção ao ônibus, gastou um bom tempo entre autógrafos e fotos.
Gols pelo Flamengo:
2×1 Internacional
2×0 Náutico
1×0 Grêmio
2×1 São Paulo
2×0 Atlético-MG (dois)
1×1 Boavista
5×0 Portuguesa-RJ
2×1 Fluminense
1×1 Figueirense
3×0 Boavista
3×0 Bangu
1×2 Fortaleza
1×2 Fluminense
3×3 Botafogo
2×1 América-MG
2×0 Coritiba
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