Anderson Alves: “Queremos o Flamengo de quarta!”

Que a torcida do Flamengo é bipolar todo mundo sabe. Ontem mesmo aconteceu o caso Cuéllar onde se noticiou que o jogador estaria buscando um time para sair do clube. Choveram críticas ao jogador, mas dias antes se elogiava muito a garra, reconhecida, do atleta mais regular do mais querido na temporada. Com isto já estamos acostumados e acompanhamos os comentários de “orgulho de ser Rubro negro” na quarta e “time sem vergonha” no domingo. Contudo, isto parece estar sendo absorvido pelo time que parece ter problemas de identidade em cada jogo. Será?

Olá, coleguinhas de Coluna do Flamengo. Hoje gostaríamos de falar sobre o time que entra em campo na quarta, e que deixa tudo no gramado, e o time que joga no brasileiro, e que é irreconhecível. Existe um Flamengo dentro da Psiquê do Flamengo que liga ou desliga um interruptor jogo sim, jogo não. Sim, eu disse Flamengo duas vezes mesmo. Não sou eu quem está ficando doido. É o time!

E está sim, mesmo que possamos destacar pequenos “por quês” aqui e ali. Por exemplo, o time fez 46 jogos até a presente data. 15 do carioca, 7 da libertadores, 4 da copa do Brasil, 19 do Brasileiro e um amistoso. É até pouco para quem já terminou com 84 jogos, como ano passado. Se chegarmos a todas as finais fecharemos o ano com 74 que ainda é muito, mas bem menos que nos anos anteriores.

Claro que mesclamos no início do carioca, mas na segunda partida, 21/01, já tinha Renê, Rodinei e Léo jogando. Na terceira, dia 24/01, já tinha Paquetá e Cuéllar. Isto lembrando que a apresentação do elenco principal fora dia 13/01, menos de 10 dias para a primeira partida. Apontamos isso logo que ocorreu, mas já estava feito. Claro que a fase de Rodinei é sofrível e não estou enxugando nada, mas quantas vezes o jogador foi poupado? E Renê? O jogador não está bem e também não tem trégua, tem tudo para dar errado, mas a coluna não é sobre um jogador.

Isto também é algo que deveria ser levado em conta. Não é UM jogador que não vai bem. A equipe toda vai mal nesses jogos onde se mescla peças principalmente. A impressão que fica é que abriram mão do Brasileiro antes até de perder a liderança, o que é inadmissível. Aliás, classificar na Libertadores será uma tarefa hercúlea, será que o time está mesmo interessado nisto?

A verdade é que temos que cobrar (quem diria que partiria de mim?) uma postura condizente com a grandeza do clube nas partidas. Se o Flamengo está atrás de reforços ainda, como dizem, que procure também um meia, porque adiantar Paquetá não está adiantando. Mas também não vamos frisar esta parte, porque não é o problema principal do time. Psicológico + Prioridades + verdadeiro cansaço são os maiores vilões desses jogos sem pontuar. Nenhuma virada no Brasileiro evidencia um peso psicológico muito grande. O time não tem forças para reagir quando alvejado. Isso tem que mudar! O Flamengo tem que acabar com essa bipolaridade antes que ela acabe com o time.

Anderson Alves, O otimista.

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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2018/08/anderson-alves-queremos-o-flamengo-de-quarta/

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