Apesar de o empate por 1 a 1 com o Palmeiras ter sido considerado um bom resultado pela diretoria do Flamengo, o clube estuda uma maneira de apresentar um novo protesto contra a arbitragem. Isso porque o presidente Eduardo Bandeira de Mello entende que a atuação do árbitro André Luiz de Freitas Castro (GO) prejudicou o Rubro-Negro. O dirigente, que já vem reclamando da CBF desde a metade do Campeonato Brasileiro, reclamou da expulsão do volante Márcio Araújo, por entender que o mesmo só recebeu o cartão vermelho por pressão do banco de reservas do Verdão. O jogador, que já tinha cartão amarelo, foi expulso após cometer uma falta que interrompia um ataque palmeirense ainda no primeiro tempo.
“Não existia nenhum motivo para a expulsão do Márcio Araújo. O bom futebol é para ser jogado onze contra onze, mas havia uma pressão do banco de reservas do Palmeiras desde o começo do jogo para que um jogador do Flamengo fosse expulso de campo. Logo após a expulsão ainda tivemos um lance em que a bola não saiu da área após um tiro de meta e quase levamos um gol. Vamos estudar uma reclamação, mas estamos reclamando desde o começo e nada adianta. O Flamengo vem sendo prejudicado em todos os jogos contra equipes paulistas na competição. Ainda bem que não existe um sexto time de São Paulo no Campeonato Brasileiro, pois senão era mais uma partida em que a minha equipe ia ser prejudicada”, reclamou Bandeira.
Alguns jogadores do Flamengo também foram para o intervalo reclamando da expulsão de Márcio Araújo. Curiosamente, o técnico Zé Ricardo teve uma postura diferente dos atletas e do presidente do clube, minimizando a situação e não reclamando da arbitragem.
“Eu estava distante do lance e não tenho que fazer comentários, dizendo se foi ou não uma falta para cartão. O juiz estava ali. Infelizmente, a gente perdeu um jogador de contenção, acontece. O time tem que estar preparado para jogar também em inferioridade numérica”, analisou o técnico.
A atuação do trio de arbitragem não foi a única reclamação por parte de Bandeira de Mello. O dirigente afirmou que foi alvo de objetos atirados pelos palmeirenses e de hostilidade por parte da torcida alviverde.
“Nos colocaram em um camarote acima da torcida organizada do Palmeiras. Quando teve a expulsão do Márcio Araújo eu reclamei e os torcedores do Palmeiras me reconheceram, começando uma hostilidade contra o camarote. Quando o jogo acabou e eles perceberam que a gente estava satisfeito com empate, se confraternizando, a situação piorou. Mas neste caso, só tenho que agradecer à segurança do Palmeiras, que nos tratou muito bem e conduziu o caso com serenidade”, finalizou Bandeira.
O elenco do Flamengo retornou ao Rio de Janeiro no começo da tarde desta quinta-feira e os jogadores participaram de um trabalho regenerativo. Na manhã desta sexta-feira, Zé Ricardo comanda um treino no Ninho do Urubu para definir a escalação para o duelo contra o Figueirense no próximo domingo, às 11h (de Brasília), no Pacaembu, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sem Márcio Araújo, o volante colombiano Gustavo Cuéllar deverá ser o escolhido para assumir a posição.
Share this content: