Desconhecido no cenário internacional, o adversário do Flamengo nesta quarta-feira serve como celeiro de promessas para grandes equipes do país, como Universidad Catolica e Universidad de Chile. Fundado por imigrantes da Palestina em 1920, o Palestino é um clube modesto. A base da torcida é formada pela maior comunidade palestina fora do Oriente Médio, com estimativa de 450 mil a 500 mil imigrantes. Entre eles o meio-campo Shadi Shaban, de 24 anos, único israelense no elenco.
Nascido na cidade de Acre, no norte de Israel, o atleta começou a jogar futebol no Maccabi Haifa, um dos principais times do país. Em 2014, Shaban aceitou o convite do Ahli Al-Khalil, da Palestina, que desde 1998 integra a Fifa. Destaque do time, o jogador embarcou ao Chile para a pré-temporada e chamou atenção do Palestino em um amistoso entre as equipes em janeiro.
O jogo-treino chamado de “Partido por la Hermandad” foi vencido por 5 a 1 pelo Palestino. Seis meses depois, em julho, Shadi mudou de lado e assinou contrato. Sua estreia aconteceu contra o Libertad, pela Sul-americana, na segunda rodada. Jogou apenas cinco minutos, mas já fez história.
O time
Nono colocado no Campeonato Chileno, o Palestino vê a Copa Sul-Americana como prioridade. O time — treinado por Nicolas Córdova, de apenas 37 anos — tem quatro argentinos, como o atacante Benegas e o meio-campo Mazurek. O destaque, porém, é o volante chileno Leonardo Valencia, que tem companhia dos conterrâneos Torres, o lateral-esquerdo Cereceda e o goleiro Dario Melo com mais rodagem internacional. O lateral tem 32 jogos pela seleção chilena e passagem pelo Figueirense. Campeão chileno duas vezes, o clube viveu seu auge na década de 70. Em 1979, foi semifinalista da Libertadores, mas acabou eliminado pelo Olimpia.
Share this content: