Olá, companheiros e companheiras de Coluna do Fla. Depois de muita espera e ansiedade, vimos o Flamengo em campo sob comando de Jorge Jesus (o jogo por ser assistido neste link). Não foi uma partida primorosa, ou que valesse pontos. Entretanto, nos permite ver a “cara” deste novo Flamengo que vai para um semestre importantíssimo, em busca de títulos.
JJ escalou o Flamengo como venho pedindo desde o início da temporada. Um volante, Diego fazendo a saída de bola e um trio de meias-atacantes que se movimentam, buscando furar as linhas de marcação e estando mais próximos de Gabigol. Na entrevista pós-jogo, o treinador disse que o elenco “praticamente não tem um segundo volante”, indicando que o camisa 10 pode ser usado na função.
Essa observação é interessante. Demonstra que Cuéllar deve ser titular absoluto na volta da Copa América e que Arão e Piris disputam a condição de reserva. Fico com dúvidas em relação a Ronaldo. Na visão do treinador, ele é ou não um segundo volante? Pelo menos, quando entrou na partida, no segundo tempo, atuou como um. A fala também indica que um atleta da função deve chegar nesta janela de transferência.
Voltando ao campo e bola, outro ponto que chamou atenção foi o pequeno número de cruzamentos na área. As jogadas pela linha de fundo continuaram, mas com cruzamentos rasteiros, buscando a finalização de média distância. Foi assim que saiu o primeiro gol, de Diego. Essa mudança é extremamente positiva, já que a maioria das bolas aéreas não levava perigo (Gabigol não é alto, nem um bom cabeceador).
O Madureira não trouxe muitas dificuldades defensivas para o Flamengo. Entretanto, me preocupou um pouco o sistema defensivo. Jogando com uma marcação alta – explorando a falta de qualidade do adversário – senti os zagueiros espaçados da linha de meias. É algo que precisa ser melhor trabalhado.
Foi apenas o primeiro teste, e nem foi uma partida oficial. O início nos dá mostras de que podemos nos empolgar. Deste time que entrou em campo hoje, ainda há peças que podem ser modificadas, principalmente com o retorno de Cuéllar e Arrascaeta da Copa América e de Everton Ribeiro do departamento médico.
Aposto numa composição com Cuéllar, Diego, Bruno Henrique, Arrascaeta e ER7, com Gabigol de centroavante. A busca por outro camisa 9 mostra que JJ quer ter opções para a função e também para eventuais mudanças de sistema. Em Portugal, tinha o costume de atuar no 4-1-3-2.
Em menos de 10 dias de trabalho, Jorge Jesus demonstra que tem ideias claras de como fazer um Flamengo vencedor. Só nos resta aguardar e torcer!
Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum
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Fonte: https://colunadofla.com/2019/06/matheus-brum-uma-boa-primeira-impressao/
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