De volta ao Brasil após 14 anos na Europa, sendo oito temporadas no Bayern de Munique, o lateral Rafinha, de 33 anos, reencontra o Campeonato Brasileiro, hoje, 11h, contra o Goiás, no Maracanã, e revive a maratona de jogos que deixou para trás quando foi negociado pelo Coritiba em 2005, rumo ao Schalke 04. Se entrar em campo as possíveis 42 partidas que o Flamengo tem pela frente, levando em conta as três competições que disputa, Rafinha baterá o recorde da carreira, com 52 jogos – 10 pelo ex-clube.
Rafinha nunca entrou em campo mais de 50 vezes em um ano. Nem no Brasil nem na Europa. Caso de Pará, em 2015 (53) e 2017 (64), e Rodinei, em 2018 (50), já pelo Flamengo. Em 2018/2019, o novo reforço entrou em campo pelo Bayner 26 vezes. O principal desafio em seu retorno ao Brasil será suportar os picos que Pará e Rodinei têm suportado nos últimos anos no Flamengo, e acrescentar à capacidade física doses de técnica e experiência internacional.
Ao comparar a média de jogos por temporada dos três atuais laterais, até que o novo reforço não fica muito atrás. Enquanto esteve na Europa, foram 36,6 jogos por estação, mais do que Rodinei – 34,7 em quatro anos – e pouco atrás de Pará, com 41 em entre 2015 e 2019. O número só fica abaixo da dupla quando se leva em conta as campanhas pelo Coritiba em 2004 e 2005.
Controle de carga vai ajudar
Rafinha passará pela adaptação ao futebol brasileiro com a qual outros reforços do Flamengo já se depararam nos últimos anos. A diferença é que Diego, Éverton Ribeiro e Vitinho, os exemplos mais significativos, são jogadores de ataque. Não é segredo que os laterais necessitam de uma capacidade física maior e sofrem mais durante os jogos. Para isso, o Flamengo aplicará em Rafinha o controle de carga que já é usado no restante do elenco.
O lateral, no entanto, voltou ao Brasil sem qualquer problema físico. Poupado da grama sintética da Arena da Baixada, pela Copa do Brasil, o jogador projetou logo na apresentação sua primeira partida no Maracanã.
— Sei que tem muita cobrança no Flamengo, mas estou preparado. Não vejo a hora de entrar no Maracanã lotado, com a torcida empurrando. Estou preparado.
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