Análise: entre desafio e pressão, Flamengo precisa captar própria realidade no Mundial de LoL …

É incontestável que o Flamengo caiu no grupo mais difícil possível na Fase de Entrada do Mundial de League of Legends. Campeão do CBLoL e único representante brasileiro no Worlds 2019, o Rubro-Negro terá pela frente a DAWMON Gaming, da Coreia do Sul, e a Royal Youth, da Turquia. Uma missão complicada para um cenário minado pelo recente retrospecto internacional de suas equipes.

O contexto vivido pelo Flamengo é o oposto do que foi enfrentado pela INTZ no Mid-Season Invitational (MSI) deste ano. Os Intrépidos caíram numa chave considerada mais fácil e deixaram a competição com o pior desempenho do Brasil em grandes competições de LoL – com direito a derrotas para a MEGA, do Sudeste Asiático, e para a DetonatioN FocusMe, do Japão.

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A tarefa rubro-negra começa em alto nível de dificuldade a partir do momento em que essa é a primeira vez que uma organização da Coreia do Sul participa da Fase de Entrada. O grau de evolução do país asiático no League of Legends dispensa apresentações, embora o atual campeão mundial, a Invictus, seja da China, e nenhum time sul-coreano tenha atingido sequer a semifinal da última edição.

A DAWMON teve o segundo melhor retrospecto geral na Fase de Pontos da LCK, a divisão de elite do cenário local, com 13 vitórias e cinco derrotas. Caiu na semifinal da Escalada diante da SKT, por 3 a 0. E Leonardo "Robo" deve ter sérias dificuldades contra o destaque da equipe, Jang "Nuguri", na rota do topo. A equipe gosta, e muito, de jogar em torno dos seus solo laners.

Porém, sob o ponto de vista lógico, o que faz mais sentido é voltar as atenções para todo e qualquer detalhe da Royal Youth. Sob condições normais, levando em conta os níveis de jogo apresentados nas respectivas regiões, a DAWMON será líder da chave sem grandes dificuldades. Os confrontos que devem decidir o futuro do Flamengo, entre vaga e eliminação precoce, são contra os turcos.

O cenário competitivo do país está entre os que mais cresce no mundo, levando em conta as regiões emergentes – atrás do Vietnã, é verdade. As organizações têm atraído um interesse enorme não só de forma endêmica – prova disso é a presença de quatro equipes ligadas a clubes de futebol na TCL: Besiktas, Bursaspor, Fenerbahçe e Galatasaray. Marcas, dinheiro e, consequentemente, um nível de jogo cada vez mais alto.

A Royal Youth teve um desempenho com impressionantes 89% de aproveitamento na Fase de Pontos na Turquia. Venceu 16 jogos e perdeu apenas dois. Fez 3 a 0 na semifinal contra a AURORA e superou a tradicional SuperMassive por 3 a 2 na grande decisão. Porém, também chega com a missão de provar que a região pode ir muito além do péssimo desempenho da Fenerbahçe na Fase de Grupos do Mundial em 2017, com seis derrotas em seis jogos.

Capitão do Flamengo e único brasileiro a chegar ao Mundial como campeão do CBLoL em duas oportunidades, Felipe "brTT" sabe qual a imagem do Brasil no cenário internacional. Não, não é exagero dizer que a região hoje é a pior do mundo no game. O desafio do Rubro-Negro é do mesmo tamanho da oportunidade de elevar o moral do país, que está bem em baixa e cercado de pessimismo após o afastamento da LLA, agora na América do Norte.

Fonte: https://sportv.globo.com/site/e-sportv/lol/noticia/analise-entre-desafio-e-pressao-flamengo-precisa-captar-propria-realidade-no-mundial-de-lol-2019.ghtml

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