Desde 2013 esperamos pelo “ano do Flamengo”, quando as finanças estariam em dia e fosse possível ter estrutura e dinheiro para montar um elenco recheado. Esse momento sempre chegaria no ano imediatamente subsequente; era esse nosso coro ao final de 2013, 2014, 2015… e entramos em 2016 já um pouco desacreditados. Mas, finalmente, estamos sendo Flamengo. Temos chances reais de título e praticamente selamos a vaga na Liberta do ano que vem.
Se pararmos pra analisar o desempenho dessa temporada, lamentaremos em peso o primeiro semestre, com os vexames no Estadual e na Copa do Brasil. Nossa mudança de lá pra cá foi colossal, e atribuo essa transformação a três pilares: a chegada de Zé Ricardo, a capacidade financeira do clube e a chegada de reforços.
Na última janela de transferências abalamos a imprensa com contratações “caras”: Réver, Damião e Diego, pelos vencimentos, e Donatti, pelos valores. Independentemente das cifras em questão, este não foi um empecilho para um Flamengo cada vez mais superavitário e, em campo, tivemos o retorno técnico. Mas pensem: ano que vem tudo será ainda melhor.
Para esse ano, o orçamento destinado a contratações girou em torno de R$25 a R$30 milhões. Para o próximo ano, este montante será de R$70 milhões. Já me peguei imaginando, algumas vezes, em quais jogadores aplicaria esta quantia. Felipe Melo, pra volante? Podolski, pro ataque? Algum zagueiro top de linha? Teremos capacidade de trazê-los. É real, e não mais um sonho distante.
Mas tudo ainda pode ser incorporado pelas brechas presentes no atual elenco, que certamente sofrerá significativas baixas para o próximo ano. Jogadores de salário considerável, como Emerson Sheik, abandonarão o clube. Jogadores encostados mas de alto valor no mercado, como Paulo Victor e Adryan, tem grandes chances de serem vendidos. Não se faz muita questão de insistir com atletas como Cirino, Gabriel e Éverton. Outros contratos estão se encerrando, como os de Chiquinho, Fernandinho e Márcio Araújo (será?). Ainda temos valiosas joias esperando por grandes fortunas europeias, como Jorge e Vizeu.
2016 já está em seus capítulos finais, e podemos conquistar metas antes nem previstas – o Brasileirão seria um grande devaneio se tornando realidade. Mas 2017 está aí, e tudo indica que entraremos em todas as competições lutando entre os favoritos. Será que, em um espaço de um ano, estaremos comemorando a América? Quem viver, verá.
Rodrigo Coli
Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/10/hora-de-colher-os-frutos/
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