O duelo entre Flamengo e Grêmio pela semifinal da Libertadores separou até um casal – ao menos temporariamente. O engenheiro civil Arthur Partata, de 24 anos, voou de Araguaína, no Tocantins, ao Rio para acompanhar o jogo no Maracanã – escondido da esposa, Bárbara.
– Bárbara que me perdoe, eu a amo muito, mas o Flamengo veio primeiro, não tem como. Ela está zangada – disse Arthur na arquibancada, com um cartaz pedindo perdão à amada.
O detalhe curioso é o sogro de Arthur, Roberto Nascimento, 48 anos, veio junto para o jogo, quase em uma espécie de "salvo-conduto".
– Ele só veio porque está com a presença do sogro – disse Roberto.
Pai e filho juntos, mães e filhas separadas
Arthur Dominices, de 11 anos, viajou com o pai, o advogado Ramon Dominices, de Imperatriz, no Maranhão, para ver o Flamengo de perto. É a primeira vez que Arthur assistirá a um jogo do Flamengo, e o menino se emocionou ao entrar no estádio.
– É uma sensação única, ímpar. Queria que meu pai pudesse ter feito isso comigo, mas ele não tinha condições. Aproveitei e fiz isso pelo meu filho – conta Ramon.
A vendedora Karla Bianca, e a merendeira Meirielle Bonomo, levaram cartazes pedindo desculpas às filhas Alice, de 4 anos, e Sarah, de 13, porque não puderam trazê-las ao jogo do Flamengo.
– Alice é loucamente apaixonada pelo Flamengo e fala que se o pai (Jucenildo Fiorini) não virar flamenguista não vai mais falar com ele. Ela quer que ele traga ela ao Maracanã – conta Karla.
Meirielle, por sua vez, brinca com o fato da filha ter medo de assumir sua paixão pelo Rubro-Negro.
– O pai dela é vascaíno e ela tem medo de torcer para o Flamengo e o pai dela descobrir. Ela tira foto e tudo, mas escondido. Não veio por causa disso – brinca Meirielle.
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