Ser reserva no Flamengo, no momento, é melhor do que ser titular em outro clube de mesma grandeza? Pelo jeito, Pedro Rocha, Michael e Gustavo Henrique pensam assim. E é impossível tirar a razão deles. Não pelo fato de o Rubro-Negro ser o time da moda no futebol brasileiro, mas sim pelo prestígio e credibilidade que conquistou nos últimos tempos.
O Fla, como se diz na gíria, “joga limpo”. Tendo convicção em cima de determinado nome, vai atrás, não mede esforços para trazê-lo. E isso seduz qualquer atleta. Seus dirigentes não adotam aquele discurso pouco tentador, do “não tenho dinheiro”, “é impossível”, “não há como fugir de nossa política”. Se realmente querem alguém, conseguem convencer este a desembarcar no Rio de Janeiro mesmo tendo a opção de ir para uma equipe em que, na teoria, seria titular. E mais: mostram o quanto serão importantes dentro do grupo.
Michael, revelação do último Campeonato Brasileiro, seria titular no Corinthians, seria titular no Palmeiras. Mas, na hora de bater o martelo, foi para o Fla. Gustavo Henrique é um ótimo zagueiro e também teria espaço na maioria dos times da Série A. Só que agora terá que lutar por posição com Pablo Marí. E Pedro Rocha, em que pese um 2019 ruim, é aquele atacante de velocidade tão desejado por grandes clubes. A maneira como o Flamengo se estruturou é digna de aplausos. E podem ter a certeza: quem faria “manha” no banco de reservas de qualquer outro time, não o fará estando na Gávea. Por motivos óbvios. Ali, a ambição está acima de eventual dispêndio financeiro, que é compensado com o desejo de se vestir o preto e o vermelho mesmo que, em um primeiro momento, o jogador se configure como uma “mera” peça do plantel.
Foto de capa: Rosiron Rodrigues / Goiás / Divulgação
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