O Flamengo segue a todo vapor com o planejamento para a atual temporada. O intuito dos dirigentes do Rubro-Negro era de manter os titulares da equipe de 2019 e contratar reforços pontuais para o elenco. A diretoria chegou perto de conseguir. Após contratar Gabriel Barbosa em definitivo, o Fla teve que se despedir de Pablo Marí, que foi negociado com o Arsenal, da Inglaterra. O jornalista Pedro Henrique Torre, da ESPN, detalhou como se deu o negócio.
Em seu perfil na rede social do Instagram, Pedro Henrique informou que o Flamengo analisou de três maneiras distintas a liberação do seu zagueiro titular. A primeira se deu pela parte financeira, visando receber um dinheiro rentável aos cofres do clube. A segunda foi a estratégia de receber por Pablo Marí uma quantia que pudesse pagar um novo defensor, como de fato aconteceu – Léo Pereira foi contratado para repor a saída do espanhol. E a terceira foi estratégia de mercado, para que clubes da Europa possam enxergar o Fla como uma boa vitrine.
Além disso, o jornalista contou que o Flamengo analisou exaustivamente o novo zagueiro do clube, Léo Pereira, que pertencia ao Athletico-PR. O intuito era de atender todas as expectativas de Jorge Jesus. Após aprovado, o Rubro-Negro seguiu em frente e contratou o defensor por pouco mais de 6 milhões de euros (cerca de R$ 28 milhões na cotação atual).
Pablo Marí havia sido contratado em julho de 2019 e não demorou para se firmar como titular absoluto na equipe comandada por Jorge Jesus. O defensor entrou em campo 30 vezes, balançou as redes em 3 oportunidades e deu uma assistência pelo Mais Querido. O defensor foi emprestado ao Arsenal por seis meses, com o valor de venda fixado em contrato. O Fla irá receber cerca de R$ 23 milhões pelo empréstimo.
Leia na íntegra o texto publicado pelo jornalista:
“Marí, em três frentes
Ao analisar a oferta para se desfazer de seu zagueiro titular campeão brasileiro e da Libertadores, a diretoria do Flamengo pensou em três frentes: financeira, técnica e estratégia de mercado. Assim definiu a saída de Pablo Marí. A negociação só foi concretizada com a certeza de que renderia mais do que o necessário para a compra de Léo Pereira, do Athletico-PR. Dito e feito. O Flamengo tem a garantia de que o negócio por Marí ficará, no mínimo, em uma faixa entre seis e dez milhões de euros. E, no máximo, pode atingir uma outra faixa, mas de números bem graúdos: entre 15 e 20 milhões de euros.
Tudo vai depender do desempenho do espanhol em sua chance na Premier League. Cinco milhões de euros são recebidos de imediato e o montante da segunda bolada irá depender das metas atingidas pelo jogador. Algumas, simples, farão o valor chegar a no mínimo dez milhões de euros. Outras, mais arriscadas, podem atingir o patamar de 20 milhões. Este é o lado financeiro. Com essa certeza, o Flamengo partiu em busca de Léo Pereira, alvo já no início de 2019. Desta vez, foi forte: pouco mais de seis milhões de euros por cerca de 90% dos direitos do zagueiro de 23 anos, fartamente analisado pelo departamento de scout do clube e que encaixa nas características pretendidas por Jesus: alto, veloz, canhoto. O clube jogou para não perder no negócio e garantir a reposição técnica de grande qualidade.
Por último, o pensamento no mercado. O Flamengo entendeu que ao liberar Marí para a maior liga do mundo joga holofotes em si a oportunidades atrativas de mundo da bola. A ideia do clube é ser visto como um oásis no futebol brasileiro, uma exceção em um meio equiparado por europeus em geral ao mercado chinês, por exemplo. Chegar ao clube pode significar uma valorização para outro mercado mais forte, como ocorreu com Pablo Marí. Seria mais vantajoso jogar no sexto colocado do Campeonato Espanhol ou na visibilidade rubro-negra? O clube apostou suas fichas e tem a convicção de que o negócio de Marí abrirá portas no mercado, facilitando negociações futuras. O elenco está praticamente pronto para a temporada. Mas o clube segue atento ao mercado.“
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