O Flamengo pretende se aproximar mais das famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, que completou um ano no último final de semana. O vice de Consulados e Embaixadas do clube, Maurício Gomes de Mattos, propôs um programa de acolhimento das Embaixadas e Consulados nas cidades onde os parentes dos Garotos do Ninho vitimados na tragédia residem.
A informação foi inicialmente publicada pelo jornalista Renan Moura, da Rádio Globo, e confirmada pela reportagem do Coluna do Fla. Maurício Gomes de Mattos recebeu o aval do presidente Rodolfo Landim para a criação do movimento.
A ideia, no entanto, ainda é bem inicial, mas deverá ganhar corpo ao longo dos próximos dias. Ela surge logo depois de o Consulado FLA-Nova Zelândia decidir suspender as suas atividades como forma de se manifestar pela condução do caso referente à tragédia. O grupo citou em nota a “falta de transparência da diretoria do Flamengo”.
Confira a nota da Fla-NZ na íntegra:
“Diante dos fatos relacionados ao acidente no Ninho do Urubu e da falta de transparência nas ações da diretoria do Flamengo o Consulado FLA-Nova Zelândia comunica que está suspendendo suas atividades até que o clube se enquadre, em caráter integral, no que é exigido aos consulados e embaixadas: ações sociais.
Os eventos relacionados a obstrução do acesso de familiares ao local do acidente e a declaração do Presidente do clube, justificado pela concentração do time profissional para o jogo contra o Madureira, foram determinantes para a nossa decisão.
A justificativa foi inaceitável e desprovida de qualquer entedimento da situação das famílias. Aos consulados e embaixadas é exigido ações sociais, portanto entendemos que o clube deve agir sob os mesmos parâmetros e demandas.
A discussão do apoio financeiro as famílias e das indenizações devem ser determinadas pela justiça. Debates sobre exigências financeira fora da relação entre Flamengo e as famílias é rasa e inapropriada.
A nós, torcida, nos cabe exigir o comportamento que acreditamos ser o mais adequado para que o clube represente a vanguarda não apenas no campo esportivo, mas também social.
Esperamos poder nos orgulhar do Flamengo não apenas pelas conquistas no campo, mas pela referência social, justa e digna como a Nação espera. Ansiosos aguardamos que a justiça de nosso país seja eficaz e os devidos culpados sejam punidos de acordo com a determinação da lei.
Igualmente, esperamos que a discussão a respeito do acidente seja maior do que valores de indenizações. Acreditamos que o debate deveria ser sobre o que deve ser feito para que tragédia como essa não se repita e qual será a punição a todos os culpados.
Exigimos justiça e exigimos da diretoria do Flamengo que represente junto as famílias a Nação; represente toda a dor e o sentimento que sentimos. Nada vai apagar a perda e o respeito a memória dos nossos atletas. Do outro lado do mundo, continuaremos vigilantes.”
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