Os clubes do Rio e a Ferj decidiram nesta segunda-feira pela interrupção do Carioca. Os dirigentes se reuniram na sede da federação para debater o tema e chegaram à conclusão de que a solução imediata teria que ser a pausa. O período acordado inicialmente é 15 dias.

Como foi a reunião

A Ferj trouxe à reunião o infectologista Celso Ferreira Ramos Filho, que tirou dúvidas e fez ponderações aos dirigentes. O médico ponderou que a decisão tinha que ser política e não técnica.

O Flamengo defendeu a posição dos clubes pequenos e apoiou acelerar a disputa da Taça Rio com portões fechados e concluir o turno. O argumento citado por Landim na reunião envolve os contratos dos jogadores. Os primos pobres costumam firmar acordos que expiram ao fim do Estadual.

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, defendeu a interrupção, ainda que fosse por 15 dias, até preocupado com uma eventual greve dos jogadores e posterior determinação governamental de se interromper todos os jogos. Mário apoiou férias coletivas ou a concessão de licença sem vencimentos aos jogadores.

Ao longo da reunião, os dirigentes se mostraram um pouco inquietos com a chance de que se passasse uma imagem de falta de preocupação com os jogadores.

Na argumentação financeira usada por Landim, que citou contratos, o Flu também disse que não é interessante fazer jogos com portões fechados porque isso também traz prejuízos. O Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo, citou como exemplo a estreia de Honda, contra o Bangu, em um Nilton Santos vazio.

O América defendeu uma diferenciação de tratamento. O time disputa o Grupo Z, triangular para definir quem será rebaixado, ao lado de Americano e Nova Iguaçu. Marco Antônio Teixeira, representante do clube, citou que o calendário se encerra no dia 21, e os contratos vão até dia 23. Ele pontuou que não tem condições de renovar com o elenco por mais 90 dias.

Ao fim das contas, os clubes deixaram o encontro pontuando que a decisão foi tomada em comum acordo, de forma unânime.