O time olímpico brasileiro não participará dos Jogos em Paris, e a seleção masculina de futebol encontra-se apenas em sexto lugar na tabela de classificação sul-americana para a Copa do Mundo. Seria prudente soar o alarme diante desses recentes fracassos ou seria possível superar essa crise emergente com relativa facilidade?
Os recentes insucessos da seleção brasileira estão diretamente ligados a escolhas duvidosas por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A situação no topo do futebol nacional é tão incerta que não se sabe ao certo quem detém o poder de tomar decisões cruciais.
Tite, que está à frente da Seleção desde 2016, havia anunciado antes da Copa do Mundo no Qatar que aquela seria sua última participação como técnico. A CBF foi informada da situação e tentou então convidar Carlo Ancelotti. O dilema surgiu quando se constatou que o italiano estava sob contrato com o Real Madrid até o verão de 2024, e as eliminatórias para o próximo Mundial já haviam iniciado quase um ano antes.
No final das contas, a decisão de contratar Ancelotti não trouxe os resultados esperados. Enquanto se discutia a iminente chegada do renomado técnico, a diretoria da CBF optou por substituí-lo temporariamente por treinadores de nível consideravelmente inferior. O primeiro deles foi Ramon, que acabou perdendo amistosos para Marrocos e Senegal. Diante de resultados decepcionantes, ele foi designado para a equipe olímpica, abrindo espaço para a chegada de um novo técnico temporário à seleção principal, Fernando Diniz Silva, que ainda mantinha contrato vigente com o Fluminense. Apesar de um início promissor nas eliminatórias com a vitória sobre a Bolívia e um triunfo sobre o Peru, a equipe logo entrou em declínio, sofrendo derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina. Esses resultados empurraram a Seleção para a parte inferior da tabela, e o técnico de 49 anos desapareceu sem deixar grande marca na equipe nacional.
Em dezembro de 2023, Ancelotti renovou seu contrato com o Real Madrid até 2026. O impacto dessa decisão foi significativo: a CBF se viu sem opção e buscou apagar o incêndio no comando ao convidar o experiente Dorival Silvestre Júnior.
O novo técnico recomeçou do zero com a Seleção e optou por adotar um estilo de jogo simples, porém eficaz, com foco no ataque. Essa escolha ajudou a equipe a vencer a Inglaterra em Wembley por 1 a 0, o que se mostrou bastante coerente. O entusiasmo emocional também foi um fator positivo no jogo contra a Espanha. As duas equipes protagonizaram uma disputa repleta de gols, terminando em empate por 3 a 3, e um dos destaques do confronto foi o jovem prodígio e nova promessa do futebol brasileiro, Endrick, que em breve se transferirá para jogar na Europa durante o verão.
Olheiros de diversos lugares do mundo estavam de olho no garoto, mas, ao final, o atacante de 17 anos do Palmeiras foi adquirido pelo Real Madrid por €45 milhões. Ele já havia marcado mais de 20 gols pelo clube e estava atuando regularmente na equipe principal. Apesar de ter apenas quatro aparições pela Seleção, Endrick conseguiu quebrar um dos recordes de Pelé ao marcar seus dois primeiros gols com a camisa da seleção em apenas 49 minutos. O Rei havia precisado de 64 minutos para tal feito, enquanto um dos maiores atacantes da história do futebol, Ronaldo, necessitou de mais de cinco jogos para alcançar essa marca.
As redes sociais já estão repletas de postagens sobre o ‘novo Pelé’, e todo o Brasil deposita suas esperanças em suas perspectivas, assim como a respeitável marca 1xBet. Apenas um dia após a partida contra a Espanha, Endrick mais uma vez se destacou pelo clube: seu gol contra o Novorizontino foi o único da partida, levando o Palmeiras à final do Paulista. O exemplo de Endrick claramente evidencia que sempre haverá um novo talento emergindo no país capaz de resgatar o futebol brasileiro de eventuais crises.
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Publicado em colunadofla.com
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