Vestir a camisa de um grande clube europeu é o sonho de muitos jogadores brasileiros. Mas a experiência pelo Velho Continente nem sempre é virtuosa e/ou prolífica para atletas sul-americanos: a diferente filosofia de jogo, a ambientação, as regras, a saudade da família… Diversos fatores ajudam a explicar o porquê de muitos nomes de talento não prosperarem na Europa e voltarem ao Brasil atuando em alto nível. Relembre seis desses casos:
Bruno Henrique
Após se destacar com a camisa do Goiás, o veloz e habilidoso atacante foi contratado por 4,5 milhões de euros pelo Wolfsburg, da Alemanha. Com a camisa dos Lobos, no entanto, Bruno Henrique decepcionou: apenas 17 jogos disputados ao longo da temporada 2016/17 e nenhum gol anotado. Repatriado pelo Santos, não tardou a voltar a jogar bem, tornando-se peça-chave para o bom funcionamento ofensivo da equipe alvinegra.
Thiago Neves
O armador só não fez chover durante o primeiro semestre de 2008, sendo o grande nome do Fluminense na campanha do vice-campeonato da Libertadores. As atuações espetaculares lhe renderam uma transferência ao Hamburgo no meio da temporada, janela de verão na Europa. Mas a aventura pelo futebol alemão não foi bem-sucedida, com o meia retornando ao Tricolor das Laranjeiras tendo disputado apenas nove partidas no Velho Continente.
Lucas Silva
Revelação do Cruzeiro bicampeão brasileiro entre 2013 e 2014, o jovem volante atraiu olhares atentos da Europa e acabou sendo contratado ‘apenas’ pelo maior clube do futebol mundial: o Real Madrid. No gigante da capital espanhola, não conseguiu superar a concorrência de seu setor e acabou emprestado ao Marseille (FRA), onde também não brilhou. O reencontro com as grandes atuações só veio a partir de 2017, quando voltou à Toca da Raposa por empréstimo.
Diego Cavalieri
Revelado pelo Palmeiras, o goleiro fez um excelente Brasileirão pelo clube paulista em 2007, performance que o colocou na rota do Liverpool, que buscava um reserva imediato para Pepe Reina. Acontece que o status de reserva se manteve durante os três anos que ficou em Anfield, atuando somente em dez partidas pelo clube inglês. Passou rapidamente pelo Cesena (ITA) via empréstimo, mas não teve sequência. Só se reencontrou em 2011, quando contratado pelo Flu.
Gabriel Barbosa
Inteligente e exímio finalizador, o ‘Menino da Vila’ surgiu com badalação e não tardou para ser considerado a nova joia do futebol brasileiro, especialmente após a campanha do ouro olímpico em 2016. Foi contratado pela Inter de Milão (ITA) em agosto daquele ano por cifras pesadas: 27,5 milhões de euros, valor jamais justificado pelo atacante em seu período na Itália. Em ritmo diferente e sem conseguir convencer a comissão técnica, foi emprestado ao Benfica, onde se envolveu em polêmicas e não brilhou. A retomada veio somente em 2018, na volta ao Santos.
Bruno Henrique
Revelado pelo Iraty (PR), o volante teve sua primeira grande passagem pelo futebol brasileiro com a camisa do Corinthians, sendo um dos destaques do título nacional de 2015. O excelente nível de atuações do meio-campista naquele Brasileirão o levou à sua primeira experiência no Velho Continente: o Palermo, da Itália. A passagem pelo clube rosanero, no entanto, não foi tão impactante e se encerrou após uma temporada, com Bruno Henrique retornando à Série A para defender o Palmeiras. No Verdão, é capitão e ergueu a taça de campeão brasileiro em 2018.
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