Advogados solicitam o encerramento da investigação sobre manipulação de resultados envolvendo Bruno Henrique em casas de aposta

Na manhã de terça-feira, dia 5, Bruno Henrique passou a ser alvo de uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF), que apura possíveis manipulações em casas de apostas. Após o atacante conquistar a Copa do Brasil 2024 com o Flamengo, os advogados do jogador se pronunciaram.

Os defensores de Bruno Henrique declararam que examinaram todos os documentos relacionados à investigação da Polícia Federal e do Ministério Público (MP) em relação ao atleta. Em seguida, solicitaram o arquivamento da inspeção. Por fim, pediram a devolução imediata dos bens apreendidos pela PF.

‘Após análise de documentos que fundamentam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos no Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reafirmar o caráter íntegro de seu cliente, que possui uma carreira vitoriosa pautada pela ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça um pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos na operação realizada na última terça-feira.’

É importante destacar que este caso já foi objeto de investigação e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do atleta mencionado. O tribunal considerou que a jogada em questão, que resultou na aplicação de um cartão amarelo a Bruno Henrique, não era sequer passível de falta.

O tribunal também enfatizou, na época da investigação, a improbabilidade da tese de manipulação, uma vez que o atleta teria aguardado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído durante a partida.

Além disso, protocolizamos um pedido para análise das informações fornecidas pelas três casas de apostas citadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público buscaram verificar se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que fundamentam a denúncia foi devidamente seguido. Observa-se nos autos que a equipe policial não conseguiu apresentar registros válidos sobre a produção e extração dos dados, não garantindo a confiabilidade das informações apresentadas.

Esperamos que essa investigação possa ser arquivada rapidamente, permitindo que o atleta continue exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi injustamente e irreparavelmente afetada por uma operação infundada.

Publicado em colunadofla.com