Em 2000, o Flamengo firmou parceria com a empresa suíça de marketing esportivo, ISL. A companhia injetou dinheiro no clube e foram contratados grandes jogadores como Gamarra, Denilson e Alex. A equipe ainda contava com Adriano, Juan e Julio César iniciando a carreira, além de Petkovic e Edilson. A promessa era da volta dos anos áureos de glória, mas a coisa não saiu como o esperado. Em entrevista, o meia revelou os motivos que fizeram com que ele não desse certo no Mais Querido.
— Primeiro, eu fiquei 45 dias. Isso já resume tudo. O Flamengo tinha sérios problemas estruturais e eu encontro um grupo de muita qualidade individual, mas que ninguém queria nada. E quando eu digo que ninguém queria nada, eu também me incluo nisso porque eu poderia ter feito ‘N’ coisas diferentes e acabei não fazendo, entrei no ‘oba oba’ que existia naquele momento e aí o rendimento do time foi muito abaixo —, disse ao programa “Resenha de Primeira”.
— Naquele ano, naquele Campeonato Brasileiro de 2000, Juan, talvez Gamarra, Petkovic e Adriano nos poucos jogos que entravam, tiveram um rendimento bom. Longe do que eles tiveram nas carreiras porque foram monstros jogando futebol. A meu ver, naquele período ali, foi apenas bom e do restante muito abaixo. Eu, Denilson, Edilson… Então, estruturalmente era ruim, mas para mim foi legal porque eu pude conhecer a força do Flamengo e imaginar o que seria o Flamengo organizado devido a força do seu torcedor, a força da sua marca —, concluiu.
Não foi só dentro de campo que as coisas não deram certo. Fora, a ISL começou a ter dificuldades de dar andamento a parceria por conta de seu envolvimento em pagamentos de propinas a membros da FIFA para ser beneficiada com contratos junto da entidade e por ter entrado em estado de falência. Isso ocorreu no meio da CPI do futebol e também das polêmicas que envolveram o presidente do Flamengo na ocasião, Edmundo Santos Silva, que depois sofreu impeachment. A empresa também tinha parceria com o Grêmio.
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