Um ano após o incêndio no Ninho do Urubu, os três atletas do Flamengo que se feriram com maior gravidade e foram internados vivem a ansiedade pelo primeiro contrato profissional.

O goleiro Francisco Dyogo e o atacante Cauan Emanuel voltaram a jogar ainda no ano passado, enquanto Jhonata Ventura, que teve queimaduras externas e internas, ainda não.

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O zagueiro completou 16 anos no dia 1 de fevereiro. E seus representantes estão em contato com o Flamengo para dar andamento ao novo vínculo.

Embora não tenha voltado a atuar, Jhonata era muito bem avaliado antes do acidente, e como não terá sequelas, o combinado era torná-lo atleta profissional.

– Temos a expectativa pelo bom futebol desempenhado no sub-15 e pela a história dele com o clube – afirma Jonadab Carmo Souza, advogado do atleta.

O mesmo vale para Francisco Dyogo, que tem participações recente na seleção brasileira de base. Ele voltou a treinar com o elenco sub-17 nesta semana, após férias em Fortaleza. Aos 16 anos, completos em janeiro, já tem conversas mais adiantadas com o Flamengo.

– A expectativa é boa para eu assinar o meu primeiro contrato profissional, ajudar o Flamengo com meu trabalho – disse.

Francisco Dyogo Foto: Márcio Alves / Agência O Globo

Cauan Emanuel faz 16 anos em 25 de fevereiro e também tem nos planos o primeiro contrato com o Flamengo. Ele retornou aos treinamentos ao lado de Francisco Dyogo esta semana.

xcauanemanuel.jpg.pagespeed.ic.cVphov37lb Atletas que se feriram em incêndio no Flamengo ficam perto de assinar primeiro contrato profissional
Cauan Emanuel Foto: Divulgação

Enquanto isso, Jhonata Ventura ainda faz exercícios leves no Ninho do Urubu. Ele ainda conta com acompanhamento psicológico, em função dos traumas causados pelas queimaduras. Que danificaram principalmente mãos e braços, mas também a parte respiratória. O atleta faz fisioterapia para dilatação da traquéia.

– Ainda falta cicatrizar totalmente mãos e braços, e concluir a dilatação do esôfago e da traquéia – explica o advogado do jovem.

Pelo acordo de indenização do jovem por dano moral, o Flamengo não poderia dispensá-lo ao longo da temporada até ter certeza sobre se teria sequelas ou não. Por outro lado, o clube havia prometido um cargo como funcionário caso ele não pudesse mais jogar futebol.