Bandeira de Mello revela à Justiça que IP de perfil fake é de academia frequentada por Rodrigo Dunshee

O ex-presidente do Flamengo e atual Deputado Federal, Eduardo Bandeira de Mello, comunicou à justiça que o IP utilizado em 21/06/21, data da criação do perfil fake Roberto Dodien, está vinculado a uma academia em Ipanema, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro. O estabelecimento é frequentado por Rodrigo Dunshee, postulante à presidência do clube nas eleições deste ano.

Rodrigo Dunshee é aluno da Academia KS. A empresa relatou às autoridades que, no dia das postagens caluniosas e difamatórias contra o ex-presidente e outras figuras públicas, o dirigente acessou as dependências utilizando biometria facial.

O atual vice-presidente geral e candidato à presidência do Flamengo para o próximo triênio (2025-2027) está registrado na academia com o sobrenome menos conhecido da família: Villaça. Inicialmente, a empresa não encontrou nenhum registro de Rodrigo Dunshee, mas o localizou após uma pesquisa com o nome mais famoso.

Em junho, Dunshee foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o caso na Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele deveria comparecer à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), porém não se apresentou. O processo teve início em maio de 2023. A suspeita de que a conta ‘Roberto Dodien’ pertencia a Rodrigo surgiu após o dirigente publicar em seu perfil oficial no X (antigo Twitter) um texto idêntico ao utilizado pelo perfil falso.

Diante da repercussão das postagens, Rodrigo deletou o conteúdo de seu perfil, e os usuários encontraram diversas publicações ofensivas contra adversários políticos no Flamengo feitas pelo fake ‘Roberto Dodien’, tais como Eduardo Bandeira de Mello, autor da ação judicial, Walter Monteiro, candidato à presidência em 2021, e Daniel Orlean, ex-vice de marketing do clube (2016-2018). Até autoridades como o Ministro do Supremo Alexandre de Moraes e o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva foram alvos.

Em resposta ao colunista do O Globo, Lauro Jardim, a defesa de Rodrigo Dunshee argumenta que não existem elementos que incriminem seu cliente no caso.

Publicado em colunadofla.com

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