O Flamengo possui dois novos presidentes para o triênio de 2025 a 2027: Luiz Eduardo Baptista (Bap) assumindo a presidência e Ricardo Lomba à frente do Conselho Deliberativo (CoDe). Ambos colaboraram nas campanhas eleitorais e agora têm a intenção de ‘revolucionar’ o clube Rubro-Negro. Mas, como pretendem proceder? Através da modificação do estatuto do clube.
Comanda o CoDe, Lomba possui a autoridade para priorizar ou mesmo ‘engavetar’ algumas propostas de alteração. Desse modo, Bap planeja contar com o apoio de seu aliado para acelerar mudanças significativas no estatuto do Flamengo, que foi instituído em agosto de 1992. A principal modificação defendida pelos novos presidentes durante toda a campanha é a diminuição da obrigatoriedade das vice-presidências, o que é considerado internamente uma ‘revolução’.
A proposta, segundo a visão da chapa de Bap, visa fortalecer a profissionalização das operações no Flamengo. Em outras palavras, o objetivo é diminuir a influência de indivíduos sem vínculo técnico direto com a gestão. Assim, os membros da administração do novo presidente já estão organizando a documentação necessária para sugerir a alteração no estatuto.
Independentemente da alteração, Bap determinou que, no setor de Futebol, o Flamengo terá um departamento completamente profissionalizado. Portanto, o novo presidente não contará com um vice-presidente para essa área, como ocorreu com Marcos Braz durante os seis anos da gestão de Rodolfo Landim.
Com a ausência de um vice-presidente de futebol, a ‘revolução’ almejada por Bap tem como meta colocar profissionais técnicos em todos os cargos das respectivas pastas. Continuando no setor de Futebol, José Boto será o diretor técnico, com total controle sobre as operações da área. Assim, os diretores designados para Comunicação, Marketing, Novos Negócios e Esportes Olímpicos, por exemplo, reportarão exclusivamente a Bap.
Bap considera a eleição para o Conselho Deliberativo uma peça fundamental nos planos da administração para implementar essas mudanças estruturais no Flamengo. Não é por acaso que o novo presidente rubro-negro atuou como cabo eleitoral de Lomba na votação da última segunda-feira (16). Isso se deve ao fato de que, caso Álvaro Ferreira, um membro da oposição, tivesse sido eleito, a execução das ideias de Bap poderia ter sido interrompida em determinados momentos.
“Sei da responsabilidade que é assumir um conselho dessa importância. Agradeço aqui ao Bap que me apoiou desde o início, foram vários grupos de apoio, e isso é muito importante, porque conseguimos unir grupos de todos os seguimentos do Flamengo”, declarou Lomba, logo após ser eleito presidente do CoDe, ainda na sede social do Rubro-Negro.
Publicado em colunadofla.com
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