A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definiu na última quarta-feira (15) que atos homofóbicos serão causa para punição a clubes do Brasileirão. A decisão da entidade acontece um dia após outra forma de preconceito também virar alvo: o racismo. Assim, ações racistas e de homofobia devem gerar inúmeros problemas aos times.
“Esse é um grande passo para o combate efetivo às diversas formas de discriminação no futebol em especial racismo e LGBTfobia. No caso específico do combate a LGBTfobia isso ajudará no movimento de inclusão dessa comunidade que hoje ainda se sente excluída, além de diversos agentes e atletas que precisam esconder a sua sexualidade por medo de violências e discriminação“, disse Onã Rudá, criador do Canarinhos LGBTQ+, grupo de torcidas LGBTQIA+ no futebol.
Na última quarta-feira (15), a CBF anunciou que o Campeonato Brasileiro passa a contar com uma punição específica para casos de homofobia nos estádios. De acordo com a entidade, atos criminosos como discriminações de orientação sexual, de sexo, entre outros, passarão por investigação, estando sujeitos à penalização. As novas medidas já foram publicadas no Regulamento Geral de Competições de 2023. A diligência tem vigor imediato.
Com isso, a ideia de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, é que torcedores e jogadores de clubes que promovam ações de desrespeito à dignidade humana em jogos sejam punidos pela entidade. Dentre as penalidades previstas, estão quatro tipo de sanções: advertência; pagamento de multa, com valor até R$ 500 mil; bloqueio de registro ou transferência de jogadores; e perda de pontos na competição.
No fim do ano passado, o grupo ‘Arco-Íris’, defensor da causa, firmou um acordo com a CBF contra a LGBTfobia nos estádios. A intenção do pacto era promover a criação de uma política institucional no meio futebolístico brasileiro, em apoio aos direitos humanos da comunidade.
Vale lembrar que, recentemente, o grupo ‘Arco-Íris’ entrou na Justiça contra o Flamengo, em função da não utilização do número 24 nas camisas do time durante a Copa São Paulo de Futebol Júnior 2022. Dentre as alegações do processo estão: a violação dos direitos humanos, com o crime de homofobia, e também a discriminação de origem, por parte de Ângela Landim, diretora do Fla. Na ação há um pedido de indezinação de R$ 1 milhão ao Rubro-Negro, por dano moral coletivo.
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