Não foi do jeito que muitos esperavam. Mas a maior rodagem do Fluminense prevaleceu sobre o time sub-20 do Flamengo. A vitória foi magra: 1 a 0. Mas com um gol marcado justamente por quem sabe usar a experiência a seu favor: Nenê. De calcanhar, o meia de 38 anos definiu o clássico no Maracanã.
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A vitória manteve os 100% de aproveitamento da equipe de Odair Hellmann. Com 12 pontos, pode garantir vaga nas semifinais da Taça Guanabara na próxima rodada, quando enfrenta o Boavista, sábado. Já o Flamengo, que conheceu sua primeira derrota no ano, se manteve com sete e perdeu a liderança do Grupo A. Mas segue na zona de classificação. Na segunda-feira, enfrenta o Resende.
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As expectativas não se cumpriram. Embora fosse o jogo de um Flamengo sub-20 contra um Fluminense quase todo formado por jogadores já experientes (exceção feita a Miguel, de 16 anos), o duelo foi equilibrado. Na verdade, os rubro-negros, mais organizados, até começaram melhor.
Sem um centroavante, a equipe tricolor sofreu com a falta de jogadas mais incisivas. A medida que a partida foi se tornando mais equilibrada, o time de Odair Hellmann conseguiu se igualar em volume. Mas não em objetividade. Ainda assim, foi dela a melhor oportunidade do primeiro tempo: uma bola na trave em cobrança de falta de Nenê, aos 39 minutos.
Odair Hellmann demorou a mexer no segundo tempo. E, conforme os rubro-negros desperdiçavam suas oportunidades, o jogo caminhava para um 0 a 0 injusto diante da movimentação em campo. O gol tricolor só veio após a entrada de Lucas Barcellos em campo. Mas, curiosamente, não foi sua entrada que levou ao feito.
Em rápido contra-ataque pela direita, Yago cruzou pelo alto. Richard hesitou em cortar, e a bola ficou com Nenê. De costas para o gol, ele recorreu à única opção que tinha: tentar de calcanhar. Deu certo. A jogada pegou a zaga rubro-negra desprevenida. E a bola cruzou lentamente a linha: 1 a 0, aos 23.
A torcida do Fluminense foi ao delírio. Com músicas de incentivo, ela empurrou o time nos minutos finais. Uma cena bem mais bonita e que merece ser mais lembrada do que a protagonizada por alguns tricolores no primeiro tempo. Aos 20, durante a parada para hidratação, parte deles gritou “Time assassino”. Uma referência ao incêndio do Ninho do Urubu, que matou 10 jovens no ano passado, usada para atacar o Flamengo. Um episódio tão lamentável que, por isso mesmo, só foi citado no fim do texto. O espetáculo protagonizado pelas arquibancadas no restante do jogo merece mais destaque.