Ainda não foi dessa vez que o Flamengo deu show. Mas nada que justifique inexplicáveis e pontuais gritos de burro contra o técnico Paulo Sousa pelas observações que já deixou claro que fará no Estadual.
A vitória de 2 a 1 sobre o Audax no gramado ruim de Volta Redonda valeu pelo golaço de Gabigol e outras participações interessantes, como de Lázaro, atuando como ala esquerdo.
Também foi uma nova oportunidade de observar a equipe sob uma outra diâmica, ainda que erre mais e sofra em sua defesa. Após promover as já tradicionais mexidas no segundo tempo, o desempenho piorou e houve até vaias.
A formação inicial teve Filipe Luís e Isla na linha de três zagueiros ao lado de Léo Pereira. Matheuzinho e Lázaro foram espetados nas pontas, mas o ala direito não deu profundidade nos lances.
Andreas e Thiago Maia eram os volantes construtores outra vez. No ataque, Pedro ficou centralizado, com Arrascaeta e Gabigol flutuando. O uruguaio, diferentemente do camisa nove, destoou, errou muito, e saiu apagado do jogo.
Entretanto, a equipe conseguiu muitas finalizações. Ainda que o Flamengo tenha apresentado dificuldade nas trocas de passe, menos intuitivas diante da nova formação. A equipe buscou colocar em prática a ideias do novo técnico sempre.
Contra um adversário inicialmente com cinco defensores, girou bem a bola, alternou posições, só que forçou demais os cruzmentos no começo da partida. Com o tempo, o jogo mais apoiado dos volantes com os alas surtiu efeito.
Principalmente quando Lázaro se soltou mais no ataque e criou jogadas para Gabigol. Numa delas, o artilheiro chutou cruzado e fez 1 a 0. Na comemoração, um gesto antirracista.
Já era o fim do primeiro tempo e o Flamengo levou uma bola na trave que quase empatou o jogo. Quando o Audax ajustava um contra-ataque, a defesa rubro-negra se mostrava desprotegida.
No segundo tempo, isso se agravou. As entradas de Cleiton e Arão visavam proteger o setor, mas houve falha de Léo Pereira e o Audax diminuiu logo depois de o Flamengo ampliar em gol contra.
Paulo Sousa então lançou Éverton Ribeiro na ala esquerda e inverteu Lázaro de lado, no lugar de Matheuzinho. Com Marinho na vaga de Arrascaeta, a equipe ficou mais equilibrada. Só que o Audax se manteve no ataque e ofereceu espaço no seu campo que não foi aproveitado como deveria.
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