País tem média de mais de 34 mil casos da doença por ano
Por: Bruno Villafranca
A substituição de David Luiz, no intervalo da partida contra o São Paulo, ligou o alerta de todos que acompanhavam o jogo. Junto com a mudança no time de Dorival Júnior, que colocou Fabrício Bruno no lugar do camisa 23, vieram os rumores do motivo da troca do jogador do Flamengo, que, sem motivo aparente, chamou a atenção dos torcedores rubro-negros. Mesmo com a brilhante vitória, ao final do duelo, as informações preliminares da mudança forçada, eram de que o ex-atleta do Chelsea (ING) teria sintomas que indicariam um quadro de hepatite viral. Na sala de coletiva, após a partida, o treinador do Fla falou rapidamente sobre a situação do zagueiro:
“Não tenho como falar. Seria leviano da minha parte falar sobre um atleta pré-avaliado. Com certeza, passará por uma avaliação médica do nosso departamento nesta quinta-feira (25) e vamos saber o que aconteceu com ele”, declarou Dorival Júnior.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. É um tipo de infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou até mesmo graves. Na maioria dos casos são silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
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De acordo com o Ministério da Saúde, de 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.175 (23,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 264.640 (36,8%) aos de hepatite B, 279.872 (38,9%) aos de hepatite C e 4.259 (0,6%) aos de hepatite D. A reportagem do Coluna do Fla conversou com a médica Junia Vieira, que explicou um pouco mais sobre a doença, tipos de vírus mais frequentes no Brasil, além das principais formas de contágio.
— A hepatite tipo A acontece por conta da facilidade de transmissão e quase sempre ocorre através de alimentos e água contaminada. A gente encontra muitos desses casos nos hospitais. Geralmente são quadros mais agudos, mas o tratamento não é específico. Para estes episódios, o indicado é somente repouso e acompanhamento médico. Nos casos de hepatite B e C, a doença pode se tornar crônica. Para a hepatite B, o SUS disponibiliza testes rápidos, que, por meio de uma gota de sangue, conseguem identificar a presença da infecção. Uma vez diagnosticado este tipo de vírus, não existe cura, mas os remédios atualmente disponíveis contribuem para o controle do vírus e evitam que a doença evolua -, disse a médica.
Os casos de hepatite C costumam ser os mais graves. Junia também falou sobre o tratamento adequado para este tipo de vírus: “O tipo C, apesar de ser uma doença potencialmente crônica, possui cura através de medicações oferecidas pelo SUS, desde 2018, com taxas de eficácia de mais 95%. Esses tratamentos são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas”, explicou a doutora.
O próximo compromisso do Flamengo, com provável ausência de David Luiz, será no domingo (28), contra o Botafogo. O jogo acontece às 18h (horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos, válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Coluna do Fla, como de costume, traz todas as emoções desta partida, com a transmissão mais rubro-negra e pé-quente da internet, no YouTube.
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