Na terceira rodada do Campeonato Brasileiro, Flamengo e Palmeiras empataram sem gols no último domingo (21) no Allianz Parque. Contudo, após o apito final, um episódio lamentável veio à tona: o relato de Tite, que alega ter sido alvo de cusparadas por torcedores do clube paulista. Para o comentarista Paulo Vinicius Coelho, essa atitude deveria ser equiparada a arremessar um objeto.
“É provável que a cusparada não resulte em suspensão, uma vez que não deixou evidência física, apenas testemunhal. Talvez seja apenas uma advertência. Mas nos alerta para algo ainda mais chocante do que cuspir em alguém”, escreveu Paulo Vinicius Coelho, conhecido como PVC, em uma coluna no portal UOL.
Ademais, o comentarista também ressaltou que as cusparadas partiram de uma área nobre do Allianz Parque. Para PVC, quem cometeu tal ato contra o técnico do Flamengo pode ter dinheiro, mas falta-lhe educação.
“Quem ocupa o setor central oeste, atrás do banco de reservas, paga R$ 779 mensais pelo plano Avanti ou R$ 360 pelo ingresso avulso. É o setor mais nobre de um dos estádios mais modernos do país. A cusparada não veio do Gol Norte, onde quem está paga R$ 36 se comparecer aos quatro jogos do mês e for sócio Avanti Ouro, com 100% de desconto e prioridade se estiver presente em 80% das partidas — R$ 144 dividido por quatro jogos resulta em R$ 36”, iniciou.
“Quem cuspiu é alguém que tem acesso à escola, saúde, livros, jornais, emprego. Tudo o que todo brasileiro deseja. Só não possui educação. E porque não quer. Em todos os jogos, o Allianz Parque faz um anúncio no placar eletrônico. ‘Torcedor, não invada o campo, não atire objetos, não prejudique seu clube’. A partir deste domingo, é necessário reforçar o óbvio: não cuspa no técnico adversário”, finalizou.
Após a coletiva pós-jogo no Allianz Parque, Tite solicitou para permanecer na sala de imprensa. Logo em seguida, o treinador criticou a conduta de alguns torcedores do Palmeiras, relatando que em determinado momento teve que limpar a cabeça devido às cusparadas que o atingiram.
— A minha função como técnico é bastante exposta. Eu tenho que suportar todas as ofensas que vêm de fora e não são da torcida do Palmeiras, são de algumas pessoas. As ofensas fazem parte do jogo, mas cusparada é muito feia -, iniciou o treinador.
— Eu ter que parar e limpar minha cabeça é muito feio. Estive aqui, tenho uma trajetória muito bonita e me orgulho disso. Nosso trabalho aqui foi digno, ele salvou naquela fase o Palmeiras do rebaixamento. Eu sei disso, está gravado na minha memória. Mas essas pessoas, elas não são dignas de representar uma série de garotos que estavam ali do lado. Muita gente acha que no futebol vale tudo, mas não é assim -, concluiu o treinador.
Publicado em colunadofla.com
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