Comissão de clubes se reúne com a CBF para debater inclusão do fair play financeiro no Brasileirão 2025

Em uma iniciativa que pode alterar os destinos do futebol brasileiro, o Flamengo, em conjunto com outros clubes, participou de uma reunião na CBF para debater a implementação do fair play financeiro no país. O encontro da Comissão Nacional de Clubes ocorreu na última segunda-feira (02), na cidade do Rio de Janeiro, e colocou em discussão a necessidade de estabelecer regras a serem aplicadas até 2025.

Nesse sentido, a reunião contou com a presença de dirigentes do Flamengo, Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco e Palmeiras, que representam coletivamente as 60 equipes das Séries A, B e C do futebol nacional. Além deles, também estiveram presentes dois representantes da Série B e um da Série C.

A temática do fair play financeiro ganhou relevância devido aos recentes movimentos na janela de transferências, bem como à preocupação com a manutenção da competitividade entre os clubes. Ademais, a situação de equipes que acumulam dívidas sem cumprir com seus compromissos financeiros também foi motivo de alerta.

Apesar de ainda estar em estágio inicial, a proposta foi amplamente debatida durante a reunião. Paralelamente, outros assuntos relevantes para o futebol brasileiro foram abordados no encontro, incluindo o calendário das competições e questões ligadas à arbitragem.

Em agosto, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, utilizou um grupo de WhatsApp para tratar do tema do fair play financeiro. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal Goal. Na ocasião, o mandatário mencionou os vultosos investimentos do Botafogo em contratações e apontou a discrepância entre o montante investido e a receita do clube.

Na ocasião, Landim declarou: ‘Eles já gastaram 75 milhões de euros (aproximadamente R$ 450 milhões) somente este ano, quase o mesmo valor que alegaram ter investido desde 2021. E isso para um clube que faturou R$ 322 milhões no ano passado. É um exemplo claro da situação dos SAFs sem a aplicação do fair play financeiro’.

Por sua vez, John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, assegurou que o clube estaria plenamente em conformidade caso o Brasil adotasse as mesmas regras utilizadas na Europa. O empresário afirmou: ‘Sou a favor do fair play financeiro no Brasil (…) nosso modelo atual estaria em conformidade se essas regras fossem aplicadas por aqui’.

Publicado em colunadofla.com

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