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Craque, o Flamengo faz em casa! Ou deveria…

Salve, salve, Nação Mais Linda do Mundo!

Hoje estou de volta para tratar de um tema tão polêmico quanto de extrema relevância para o Mengão: “A PRATA DA CASA“!

É unânime que a garotada da base é de suma importância para o futuro de qualquer clube, e não podemos deixar de lado as boas promessas formadas no Flamengo. Embora ultimamente estes garotos não tenham sido lançados com a frequência com que se deveria, há opiniões diversas sobre o melhor aproveitamento da base rubro-negra. Existem os defensores da utilização dos jovens da base em detrimento à contratação de atletas medianos mais velhos (para compor o elenco). Também os que pleiteiam a entrada gradual dos meninos ao longo das competições. Há também os que acham que deve-se primeiramente formar os atletas por completo para, após, serem alçados ao time principal de uma só vez.

Na minha opinião, TODOS têm um pouco de razão. A mescla dessas ações é fundamental para que a base se desenvolva e o Flamengo passe a colher os frutos deste árduo, exaustivo trabalho de longo prazo para que possa bradar aos quatro cantos o tão badalado jargão: “CRAQUE, O FLAMENGO FAZ EM CASA“!

Podemos destacar diversas observações e pontos pertinentes para que essa virada se dê o mais breve possível. Há ações simples a serem implantadas. Ações essas que podem surtir efeito imediato, mas que também serão vistas como medidas impopulares e autocráticas pelas partes afetadas e, principalmente, pela imprensa oportunista. Defendo esse ponto de vista remetendo ao tempo em que se cortaram os gastos de forma peremptória no início da gestão de Eduardo Bandeira de Melo.

Outrora, através da análise dos balanços por uma firma de auditoria séria e competente, foram identificados os “vilões” da abundante sangria no orçamento do clube e os setores em que o
torniquete” deveria ser aplicado para a cessão imediata destes gastos pródigos. Todos lembramos como foi a repercussão destas ações, quando a diretoria atual foi taxada de imoral, insensível, elitista e até mesmo (pasmem amigos) incompetente. Mas TODOS (principalmente os céticos) puderam ver, posteriormente, que as iniciativas e os cortes foram, em sua grande maioria, feitos nos lugares certos e as atitudes tomadas mostraram-se extremamente eficazes na contenção dos vazamentos contumazes
do erário flamengo, haja vista a franca evolução econômico-financeira atual do clube, alçado ao meritório protagonismo perdido nas décadas passadas através de más administrações, medíocres e improbas, protagonizadas pelas antigas diretorias do Mais Querido.

Se hoje temos excelência em gestão, inclusive premiados pelos mais diversos institutos econômicos brasileiros e mundiais, tornando-nos clube modelo em reestruturação para estudos e teses em diversas universidades mundo afora, não é por acaso. Isso demandou, e ainda continua demandando, uma brusca mudança no rumo da gestão clubística rubro-negar, passando pelos diversos setores com a reestruturação, inclusive da mentalidade da classe dirigente, cujos quais quebraram diversos paradigmas mudando o estatuto do clube para que a filosofia não se perdesse e os futuros gestores não jogassem por terra todo esse árduo trabalho de reerguimento. Agora, estatutariamente, todos os mandatários respondem pela improbidade econômico-financeira do clube colocando como garantia seu patrimônio enquanto pessoa física.

Essa mudança de patamar e, principalmente, de mentalidade PODE e DEVE ser implantado na base. Os dirigentes devem ter isso como premissa para que o Flamengo continue crescendo como clube formador. Estamos começando a evoluir nessa área. Devemos ressaltar que tivemos pontos positivos neste início de trabalho, como o reconhecimento pelo Governo Federal como clube formador (o que nos traz diversas vantagens econômicas e sociais) e pelo início das obras no Ninho do Urubu (com final previsto para 2018) para o desenvolvimento dos atletas. Mas devemos pensar muito maior, principalmente quanto à atitude e o cuidado a serem tomados com nossos jovens atletas.

Acredito que deva haver um choque no tratamento da base, uma espécie de BLINDAGEM. Primeiramente devemos afastar os empresários e agentes de dentro do Ninho do Urubu (lugar de empresário é na casa de seus atletas). Campo de treinamento é SAGRADO e inviolável! Local onde os treinadores deve sentirem-se à vontade para tomar as atitudes livremente e realizarem o treinamento sem interferências externas ou pressões psicológicas, de A ou B, por estarem sendo vigiados pelos “donos dos atletas”. Chega de ficarmos nas mãos dessas pessoas inescrupulosas onde, muitas das quais, olham só para o seu “ATIVO(jogador) em detrimento ao todo. Em sua grande maioria os garotos são mal assessorados e, como são muito jovens, alta e negativamente influenciados por esses agentes, que vão incutindo na cabeça dos rapazes que só a titularidade serve, para que ele tenha exposição na mídia e seja posteriormente sondado por algum clube do exterior, rendendo bons frutos a esse empresário inescrupuloso e mal formador.

Aliado a isso, devemos ter psicólogos, assessores e treinadores atuando como verdadeiros “sargentos” e disciplinando estes jovens atletas no trato diário (jogador de base não pode se dar ao luxo de ficar deslumbrado). Estes profissionais devem estar orientando-os a procurarem o bom e reto caminho e fazendo com que eles deem muito mais atenção ao treinamento e ao desenvolvimento de suas carreiras futebolísticas do que ao lado midiático da coisa. Tem jogador na base (e também muitos no profissional) que cuidam mais de seu visual e de sua exposição pessoal (vide tatuagens, cabeleireiro, salão de beleza, mídias sociais, etc.) do que dos aperfeiçoamentos técnico e tático nesse período de aprendizagem, onde os treinamentos diários e as exaustivas e intermináveis repetições dos fundamentos são de extrema relevância na formação dos atletas. Fundamentos estes que farão muita falta no decorrer de suas carreiras, inclusive sendo quesito de mensuração técnica para que suas carreiras sejam alavancadas ou não ao patamar internacional.

Além desses fatores, deveríamos ter espalhada pelo Brasil uma rede de escolinhas para formação e captação de novos atletas, onde atuariam, trabalhando uniforme e concomitantemente, ex-atletas e educadores físicos, unindo as experiências técnicas, táticas e teóricas dentro do futebol. É necessário também que estes profissionais sejam éticos e plenamente capazes de separar a razão da emoção, para não acontecer de termos elencos recheados com filhos de ex-atletas e apadrinhados por eles; jovens com qualidade extremamente duvidosa, carregando o peso de nomes famosos nas costas, o que já pôde ser observado diversas vezes em momentos não tão distantes em nossas categorias inferiores.

Seguindo esses preceitos de formação lúdica, captação digna de jovens atletas, orientação sócio-cultural, acompanhamento psicológico esportivo e profissionalização no trato diário, aliados à estrutura de excelência que teremos num futuro breve em nosso querido Ninho do Urubu, aliado a um vultoso e significativo aporte orçamentário futuro, acredito que em pouquíssimo tempo já estaremos colhendo os frutos deste trabalho com a garotada. Frutos estes capazes de revelar jovens atletas prontos a integrar o elenco principal e consequentemente auferir grandiosas receitas (e não míseros trocados) nas posteriores e inevitáveis vendas desses meninos para o futebol internacional (sim amigos, essa é uma realidade da qual não podemos nos furtar).

Nosso eterno lema é esse: “Craque, o Flamengo faz em casa”! Isso nunca foi tão importante! Nunca foi tão urgente! Em tempo algum pudemos observar a atual excelência em que o clube está alçado a nível estrutural e financeiro. Podemos e DEVEMOS aproveitar essa tendência e, ainda, buscar o aperfeiçoamento constante para que essa qualidade formadora se perpetue e possamos também, “in perpetuum”, sermos modelo de gestão profissional na base do futebol nacional, quiça mundial!

Saudações Rubro-Negras a todos!!!
O Flamengo simplesmente é!

Fabio Monken

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/09/craque-o-flamengo-faz-em-casa-ou-deveria/

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Redação Flamengo RJ

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