Claudio Cruz abriu o jogo no PODFLA, do Coluna do Fla
Uma das coisas que mais chamaram atenção na conquista da Copa do Mundo de 2022 pela Argentina, foi a comemoração da torcida na competição. Algumas pessoas chegaram a comparar a festa dos ‘hermanos’ com a da torcida do Flamengo. Em entrevista ao PODFLA, do Coluna do Fla, o criador da Raça Rubro-Negra, uma das principais organizadas do clube, abordou sobre o tema.
— Tem aquela coisa também, de você, de repente, quer até ir para a Europa realmente. É a chance dele realmente virar a vida dele. Ele vai dar de tudo. Aí você traz os caras que desde criança já estão ricos porque foram para lá (…) aí o cara vai jogar na Seleção, vou jogar, vou jogar, legal e tal. Mas não tem mais sonho. Você tem que comer grama, parceiro. Quando você fala em relação ao Flamengo, tem que comer grama. Quando você fala em relação ao Brasil, teu país, você tem que comer grama. Esses caras não comem grama. Agora, os caras da Argentina comeram grama. Essa é a diferença -, disse.
Além disso, Claudio Cruz, foi abordado sobre a torcida brasileira ter perdido um pouco da ‘identificação’ com a Seleção canarinho. O criador da Raça Rubro-Negra citou a falta de mais atletas ‘afeiçoados’ com os torcedores do país. Além disso, explicou que talvez ‘falte vontade’ dos jogadores ao defender as cores verde e amarelo.
— É aquela questão, volto a dizer, nossa seleção, esse ano por exemplo, quando eu liguei, vi no segundo tempo, aquele primeiro jogo, que eu não sabia o nome de ninguém. Ai eu fiquei: “Quem é esse cara?” Aí o cara fala: “Saiu daqui com 16 anos”. Não tem identidade com a gente –, confessou.
O criador da Raça Rubro-Negra falou também falou sobre a falta de jogadores sul-americanos na Seleção Brasileira, talvez ‘mais identificados’ com os torcedores do continente. A exemplo de Montiel, que bateu o último pênalti (que deu o título da Copa do Mundo para Argentina), e estava em 2019 na final da Libertadores, contra o Flamengo, Claudio Cruz foi direto.
— A seleção da Argentina pegou muita gente de onde? Você vê naquele time que jogava, a gente só conhecia na verdade o Neymar, que é um cara que não tem muita empatia com a torcida, né? O Vinícius Junior que tinha identidade com o Flamengo. O Pedro e o Paquetá. Mas assim, o resto você não conhecia. Éverton Ribeiro. Mas o resto você não conhecia, não dava empatia (…) Não dá vontade de você ver. Aí quando vai uma seleção do teu país que pega os jogadores do próprio lugar, aqueles caras estão com vontade de jogar. Se conhecem. Convivem o tempo todo -, finalizou.
CONFIRA:
Com o apoio massivo da Nação, o Flamengo iniciou a temporada. Após a chegada de Gerson como o primeiro reforço do elenco para 2023, a diretoria segue no mercado da bola em busca de mais atletas que possam ser importantes nas disputas deste ano. Como é o caso do goleiro Rossi e do meia Quintero.
Buscando alcançar o lugar mais alto no pódio em 2023, o Flamengo terá uma temporada cheia. Agora sob o comando de Vítor Pereira, o Rubro-Negro terá sete competições pela frente, e são elas: Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil, Mundial de Clubes, Recopa Sul-Americana, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.
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