Achou a contratação do atacante Adebayor pelo Olimpia aleatória? O reforço do time paraguaio para a disputa da Libertadores não foi o mais incomum nos últimos anos. Pelo contrário. O togolês não é o primeiro jogador que construiu a carreira na Europa a vir para o mercado latino-americano.
Na última Libertadores, o espanhol Pablo Marí foi campeão com o Flamengo e nesta edição o Peñarol contratou o volante húngaro Krisztián Vadócz. O GloboEsporte.com fez uma lista de outros 10 jogadores que resolveram tentar a sorte no futebol da latino-americano depois de terem algum sucesso no Velho Continente. Confira:
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Trezeguet (River Plate, 2011)
Nascido em Rouen, na França, o atacante foi com três anos para a Argentina, onde viveu a infância e boa parte da adolescência. Ele, inclusive, começou a carreira no Platense, antes de ir para o Monaco. Torcedor do River quando criança, o atacante foi para o clube do coração no fim de 2011 – à época os Millonarios estavam na segunda divisão local. O francês, inclusive, foi responsável por fazer os dois gols da vitória de 2 a 0 sobre o Almirante Brown que garantiu a volta do River à primeira divisão. Além disso, Trezeguet tembém jogou no Newell’s Old Boys em 2013 e 2014.
Seedorf (Botafogo, 2012)
Talvez a maior contratação de um europeu no futebol sul-americano, o holandês nascido em Suriname Clarence Seedorf ganhou todos os títulos possíveis que um jogador pode conquistar por clubes na Europa, tendo atuado em times históricos do Ajax, Real Madrid e Milan. Casado com uma brasileira, ele chegou ao Botafogo em 2012, jogando dois anos pelo alvinegro. No clube, Seedorf foi campeão carioca em 2013 e ajudou o Botafogo a retornar a uma Libertadores – competição que o time carioca não disputava fazia 18 anos. Em 2014, decidiu se aposentar como jogador para ir treinar o Milan.
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Dani Güiza (Cerro Porteño, 2013)
Campeão da Eurocopa em 2008 pela Espanha, o centroavante Dani Güiza fez carreira quase toda em clubes de seu país. No campeonato europeu de seleções, ele era reserva, mas entrava com frequência e fez dois gols na competição. Em 2013, o atacante estava no Johor FA, da Malásia, quando aceitou o convite do Cerro Porteño. Em três anos no clube paraguaio, Güiza marcou 20 gols em 59 jogos e atuou ao lado de Ángel Romero, que jogou nos anos seguintes no Corinthians.
Ronaldinho (Querétaro, 2014)
Em 2011, a contratação de Ronaldinho pelo Flamengo causou euforia. No entanto, a transferência mais “aleatória” do meia foi em 2014, quando saiu do Atlético-MG – clube no qual foi campeão da Libertadores e eleito melhor jogador da América em 2013 – e foi para o Querétaro, clube mediano do México. No novo time, ele fez 29 jogos, marcou oito gols e foi vice-campeão nacional.
Gignac (Tigres, 2015)
Na temporada 2014-15, o centroavante Gignac foi vice-artilheiro do campeonato francês, à frente de nomes como Ibrahimovic e Cavani. No entanto, ele decidiu sair do Olympique de Marselha para ir para o Tigres, do México. Àquela altura, o atacante era presença constante nas convocações da França e tinha o maior salário do futebol mexicano. Gignac continua no Tigres até hoje, clube no qual foi vice-campeão da Libertadores e tetracampeão mexicano.
Kâzim-Richards (Coritiba, 2016)
O atacante inglês naturalizado turco chegou ao Coritiba em 2016. Kâzim veio ao Brasil por indicação do meia Alex, com quem ele tinha jogado no Fenerbaçe. À época, ele estava no Celtic, da Escócia. Pelo Coxa, o atacante fez 25 jogos e três gols. No ano seguinte, ele foi para o Corinthians, onde teve uma passagem apagada. Atualmente, ele está no Pachuca, do México.
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Bryan Ruíz (Santos, 2018)
Uma das principais peças da seleção de Costa Rica que surpreendeu o mundo na Copa de 2014, o meia Bryan Ruiz estava no Sporting de Portugal quando foi contratado pelo Santos, em 2018. No entanto, ele não chegou nem perto de ser o jogador que um dia foi na Europa com a camisa do clube paulista. Por conta de problemas físicos, o meia atuou apenas em 13 partidas e não marcou nenhum gol. Ele ainda faz parte do elenco do Peixe, mas está há mais de um ano sem entrar em campo.
De Rossi (Boca Juniors, 2019)
O volante italiano só havia defendido as cores da Roma e da seleção italiana durante toda a sua carreira. Assim como Totti, ele poderia ter se aposentado jogando por um único clube, mas resolveu ir a Buenos Aires jogar pelo Boca Juniors, clube pelo qual sempre teve admiração. No entanto, apesar de fazer um gol na estreia, o volante passou a maior parte do tempo machucado e fez apenas sete partidas. Depois da passagem pelo clube Xenize, o volante anunciou a aposentadoria.
Juanfran (São Paulo, 2019)
Depois de oito anos no Atlético de Madrid, o lateral direito espanhol Juanfran decidiu ir para o São Paulo ano passado. Na Espanha, ele foi campeão espanhol em 2014, bicampeão da Copa do Rei duas vezes vice campeão da Champions League, em 2014 e 2016 – nessa última, Juanfran perdeu o pênalti decisivo que culminou no vice-campeonato do Atleti. Ele é o segundo espanhol a vestir a camisa do São Paulo: o primeiro foi Carazzo, em 1936.
Honda (Botafogo, 2020)
Antes de desembarcar esse ano no Rio de Janeiro para assinar com o Botafogo, o japonês já tinha no currículo passagens por clubes alternativos, como a ida para o Pachuca, do México, em 2017 e para o Melbourne Victory, da Austrália, em 2018. Além disso, ele dirigiu a seleção de Camboja durante sua passagem no clube australiano. Dessa lista, o japonês ex-jogador do Milan é talvez aquele com a carreira mais “aleatória”.