Dirigente da CBF revela como arbitragem mudará após Supercopa: “Se não vai no amor, vai na dor”

Para o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Supercopa foi ‘divisor de águas’

O Flamengo foi derrotado por 4 a 3 no último sábado (28) em duelo contra o Palmeiras pela Supercopa do Brasil. Em um jogo disputado e com polêmicas em lances ao longo da partida, o presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Wilson Luiz Seneme, revelou que a decisão foi um ‘divisor de águas’ para a arbitragem brasileira, que irá mudar o funcionamento após o confronto.

— Eu resumiria, e vou explicar depois, assim: se não vai no amor, vai na dor. Depois de nove meses, a mensagem é clara para 2023. E esse jogo da Supercopa me deu uma referência excelente do que eu tenho que fazer para 2023. Provavelmente vai ser na dor -, declarou Seneme, antes de completar:

— A instrução para os árbitros vai ser muito clara. Árbitro de futebol está lá para aplicar a regra do jogo. E ele, na sua autoridade, sem que passe do limite, pois de igual maneira será punido se passar, se for omisso a regra do jogo, vai ser punido, vai ser afastado, vai ficar em casa. Não vai ser em tom de ameaça, mas em tom de determinação -, revelou o dirigente, em entrevista ao GE.

Após polêmicas na partida entre Flamengo e Palmeiras em torno da atuação de Wilton Pereira Sampaio, Seneme revelou que fará os árbitros mudarem a postura “na dor”. Vale lembrar que o apitador da final do torneio nacional enfrenta um pedido de afastamento de 120 dias, feito pelo Rubro-Negro ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Na visão do dirigente da CBF, os juízes terão que ser mais rigorosos na aplicação das regras e, quem não seguir esta linha será afastado.

Além da maior rigidez na aplicação de regras por parte dos árbitros, Seneme revelou que os clubes e a imprensa passarão a receber cartilhas, explicando melhor as decisões tomadas pelos juízes em campo. O objetivo é deixar cada vez mais clara a posição da entidade em relação às medidas que devem ser realizadas e, caso não aconteça, acontecerão providências em relação aos apitadores.

— Essa mesma mensagem vamos tomar a liberdade de dar aos clubes. Vamos produzir materiais exemplificando situações que ocorreram, e a maneira que os árbitros vão proceder em determinadas situações disciplinares. Vocês, da imprensa, vão ter o material para poder dizer se o árbitro cumpriu ou não o que foi determinado. O erro foi do jogador ou do árbitro que deixou realizar? Essa vai ser a maneira que vamos trabalhar. Não há outra maneira, na nossa visão, que não seja essa -, declarou o dirigente da CBF.

Fonte: https://colunadofla.com/2023/02/dirigente-da-cbf-revela-como-arbitragem-mudara-apos-supercopa-se-nao-vai-no-amor-vai-na-dor/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=dirigente-da-cbf-revela-como-arbitragem-mudara-apos-supercopa-se-nao-vai-no-amor-vai-na-dor

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