O terreno destinado à construção do estádio do Flamengo, localizado no Gasômetro, atualmente abriga instalações da Companhia Distribuidora de Gás (CEG). Para que a edificação da nova casa do Mengão possa ser concretizada, é imprescindível a transferência de galpões, depósitos, laboratórios, gasodutos e uma estação de regulagem. Contudo, persiste um impasse quanto à responsabilidade pelas remoções.
A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico determinou que o Flamengo e a Companhia Distribuidora de Gás dialoguem sobre os impactos e a segurança relacionados à construção do estádio na Zona Portuária, mais especificamente na Rua São Cristóvão. O procurador-geral da agência, Marcus Vinícius Barbosa, elucidou a situação.
— É necessário recomendar que o Clube de Regatas do Flamengo seja notificado para que tome ciência da importância da infraestrutura existente no local e para que seja informado de que a construção de qualquer equipamento esportivo no imóvel depende da definição de uma solução para a transferência da referida infraestrutura, a qual deve ser diretamente negociada com a CEG e mediada pela Agenersa e pelo Estado do Rio de Janeiro — afirmou o procurador.
Atualmente, as instalações presentes no terreno do futuro espaço do Flamengo atendem a 400 mil consumidores de gás nas regiões Norte e Sul do Rio de Janeiro. Entretanto, segundo o parecer, a Companhia Distribuidora de Gás não é responsável pelos custos da remoção.
“A Administração Pública Municipal atribui ao vencedor do certame e futuro proprietário do imóvel a responsabilidade pelos custos relacionados à eventual desmobilização e transferência das instalações e equipamentos. Portanto, compreende-se que caberá à CEG negociar com o Clube de Regatas do Flamengo a solução da controvérsia”, afirma o documento.
Conforme informações do ‘G1’, a Prefeitura do Rio de Janeiro declarou que sua responsabilidade se limita à limpeza do terreno, conforme acordo estabelecido com o Flamengo. Por outro lado, o Rubro-Negro optou por não comentar sobre a situação. A Companhia Distribuidora de Gás, por sua vez, alega que opera na localidade desde 1997.
Publicado em colunadofla.com
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